terça-feira, 29 de maio de 2012

[Fotos] - Grêmio 1 x 0 Palmeiras - Brasileirão 2012

 

Da-lhe Luxemburgo #1

Grêmio Nada Pode Ser Maior 




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sexta-feira, 25 de maio de 2012

A morte da rainha, o periquito e o T(EVAH)UITEIRO maluco



1. Ontem a Rainha - com passos de garça prenha - entrou de nariz em pé no Estádio Olímpico e saiu tipo cachorro de rua, com o rabo entre as pernas, a passos de formiga e sem vontade. Diante da cantoria da geral dizem que teria - acusando o golpe - deixado escapar: eles não trocam a música. Com muito bom humor um geraldino lascou = vira macho que a gente troca ! Falcão segue sendo um treinador pequeno com a arrogância de um grande bobalhão. O cara pensa que é o Telê e não lambe sequer as botas do Tio Janjão. The Queen is dead, e a viuvada chora !

2. O Grêmio fez um bom jogo, apesar de notória fragilidade do adversário. Mas está sim crescendo e na hora que a competição mais exige crescimento. O Bahia, em que pese ser um time frágil e mal treinado, foi o adversário mais qualificado e de maior tradição até aqui enfrentado na CB o que pode não ser muito, mas é melhor que nada.

3. Agora é que a porca torce o rabo. O velho inimigo dirigido pelo velho amigo e que já nos tirou uma vez da CB com um time com bem menos tradição, o Criciúma, talvez a única façanha do clube da terra do carvão. Clubes grandes em fases não tão grandes assim, Grêmio e Palmeiras como se não bastassem estas peculiaridades ainda tem uma outra: a nova sistemática fraudulenta da CBF para a apuração do ranking retirou o G do topo passando-o para 4o e deixando Periquito em primeiro. Passar por ele pode ser o inicio da correção de um golpe vigarista que nos foi aplicado. Outro, em tantos anos de sacanagem.

4. A torcida precisa lotar o Olímpico no jogo contra o Palmeiras. Ahahahah é preciso pedir comparecimento ? Ontem os sempre incrédulos cretinos da praça apostavam em 20 mil pessoas. Impressionante a tendência masoquista deste pessoal de errar nas nossas coisas. Não se metam com quem vocês não podem, bando de urubus vermelhos.

5. Por derradeiro ontem foi o dia da tuitada mais infeliz da história dos TT feita por um gremista (?). Estou estampando o tt que deu "ares" de armazém ao nosso clube: companhia e vaga na tribuna como se esta fosse bala. Comissão de ética se servisse prá alguma coisa..... Lamentável.
abs
@cajosias  face C JOSIAS MENNA OLIVEIRA


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terça-feira, 22 de maio de 2012

segunda-feira, 21 de maio de 2012

[Pós-Jogo] Vasco 2 x 1 Grêmio - A torcida, o gol e o garfo

Pra começar, a torcida. Quem acompanha meus posts há algum tempo sabe do quanto fico feliz quando o Grêmio joga em São Januário. A amizade entre as duas torcidas facilita e muito a vida dos tricolores em terras cariocas. Praticamente todas as organizadas do Vasco fazem churrascos para os gremistas e o clima é de paz e tranquilidade.

Mas a tranquilidade dos gremistas não foi muito além da recepção dos vascaínos. Quando a bola rolou, os reservas do Vasco resolveram mostrar serviço e deram trabalho ao time de Luxemburgo. O Grêmio reagiu à altura, dominou o meio-campo mas empilhou chances de gol perdidas. O Vasco, por outro lado, foi eficiente e, na segunda chance de gol do primeiro tempo, marcou com Filipe Bastos em um chute de bola parada. O melhor em campo não fazia valer sua superioridade.

Três minutos depois, o gol. O Grêmio reagiu. Rondinelli, a boa surpresa do jogo, deu passe para Fernando, que abriu o placar. Foi a primeira avalanche do Brasileirão 2012. E pela primeira vez, esta que vos fala pendurou-se no vidro de São Januário junto com dezenas de outros gremistas, para desespero da Polícia Militar.

André Lima Grêmio (Foto: Wagner Meier / Ag. Estado)
André Lima reclama do gol mal anulado. Foto: globoesporte.com

No segundo tempo, o garfo. Aos treze minutos, o zagueiro vascaíno Rodolfo chocou-se com o goleiro Fernando Prass. Miralles chutou para gol, mas o auxiliar de fundo do árbitro Célio Amorim deu falta de ataque de André Lima e o homem do apito anulou o gol legítimo. Era o garfo sendo passado no Grêmio logo na primeira rodada.

O futebol não perdoa. Não existe "e se". E o atacante Alecsandro, que não tem nada a ver com a arbitragem, entrou para marcar o segundo gol do Vasco aos vinte e três do segundo tempo, dando números finais ao jogo.

O Grêmio ainda teve um pênalti marcado a seu favor, desperdiçado pelo recém entrante Marcelo Moreno. Frio e sem ritmo de jogo, o boliviano chutou para defesa de Fernando Prass, tanto na cobrança como no rebote. O mesmo Moreno ainda cabeceou para fora no finalzinho e Miralles perdeu um gol feito.

O Tricolor lutou, não desistiu, mas precisa melhorar sua pontaria. Futebol é resultado e ser o melhor em campo de nada vale se não refletir no placar. Luxemburgo deve trabalhar chutes a gol nesta semana para confirmarmos a passagem para a próxima fase da Copa do Brasil e melhorarmos no Brasileiro. Foi somente a primeira rodada e não há razão para pânico. Ainda.

Annie Fim  @anniefim

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sábado, 19 de maio de 2012

Em 2012 Viva o Olímpico


Maiores informações: www.gremio.net


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sexta-feira, 18 de maio de 2012

[Pós-Jogo] - Bahia 1 x 2 Grêmio: O susto que precedeu a vitória

Um grande susto. Assim eu defino o gol do Bahia no primeiro tempo do jogo de ontem, no Estádio do Pituaçu. O tricolor baiano não havia levado gols em seu estádio e abria o marcador num momento em que o Grêmio empilhava chances de gol. A máxima do "quem não faz, leva" poucas vezes foi tão verdadeira.

O Grêmio começou melhor, adiantando a marcação para complicar a saída de bola do Bahia. O time de Falcão somente se defendia enquanto o Grêmio chutava para fora ou para boas defesas do goleiro Marcelo Lomba. Até que, aos 19 minutos, num bate-rebate dentro da área do Grêmio, a bola sobrou para Junior, que abriu o placar.

Fernando gol Grêmio (Foto: Felipe Oliveira / Ag. Estado)
Fernando comemora seu gol.
O gol pareceu desnortear os jogadores do Grêmio. O Bahia começou a atacar, ameaçando o gol de Victor. Mas o time de Falcão , tecnicamente inferior ao Grêmio, deixou o tricolor jogar novamente e, aos 38 minutos, Fernando cobrou a falta que bateu em Rafael e enganou o goleiro do Bahia. Estava decretado o empate e mais justiça no placar, já que o Grêmio teve mais de 60% da posse de bola do primeiro tempo.

O resultado já era bom para o Grêmio, em função do regulamento da Copa do Brasil. Com este 1x1, bastava um empate sem gols no Olímpico para o Grêmio avançar para as semifinais. Mas o time de Luxemburgo queria mais. Apesar da pressão que o Bahia exerceu no começo do segundo tempo, o Grêmio suportou bem e virou o jogo aos 27 minutos. Marco Antonio chutou cruzado e Naldo desviou. Ou não desviou? Para mim, o importante foi o gol, a vitória e a grande vantagem que o Grêmio leva para o jogo em Porto Alegre.

Agora, o Grêmio pode até perder por 1x0 que passa para a próxima fase da Copa do Brasil. A chave favorece, a competição está para nós. Precisamos estar para ela também para mostrarmos que o Rei de Copas voltou.

Annie Fim  @anniefim
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quinta-feira, 17 de maio de 2012

O PENTA passa por hoje. Pelos orixás, pelos "sentidos" e "ressentidos"


O sonho do Penta começa hoje, de verdade. O Bahia é o time mais forte a ser enfrentado pelo Grêmio ATÉ AQUI nesta CB. Muito superior ao fraco River, bem melhor que o Fortaleza, o clube Baiano tem uma torcida de clube grande, tem um treinador ressentido com os gaúchos e com a vida - claro que o ressentimento é mais com os reds de onde foi corrido duas vezes, e onde sequer teve jogo de despedida como jogador. Em que pense ter sido Rei de Roma aqui nunca foi Rei até porque na época seu time tinha várias figuras de ponta: não ganhou a LA, que tentou, mas não conseguiu contra o Nacional, parou em DE LEON, e teve um final de carreira como atleta que se pode dizer melancólico para alguém do porte dele, no último jogo da seleção que se dizia mágica, de Telê, nem no banco ficou e repatriado pelo S Paulo amargou banco de Pita e Cilinho que o escalou obrigado pelo patrocinador nos últimos 15 minutos no jogo em que o clube do Morumbi ganhou um campeonato. É um ressentido. Sua maior passagem em jogos de despedida, para quem não se lembra, foi numa seleção Gaúcha contra o Grêmio ( na despedida de Alcindo ) em que o Bagatini, grande goleiro do Interior, recém contratado pelo Inter, na ocasião, levou 5 ou 6, nem me lembro mais, e nunca mais entrou em campo. Alcindo, para arrematar, acabou indo jogar ao lado de Pelé .... diferenças .... Paparicado pela mídia Paulo Roberto nunca se firmou como treinador em lugar nenhum: marchou no América do México, fracassou na Seleção e duas vezes no inimigo e hoje começa, quem sabe, uma outra trajetória. Sem não começar a construir de fato uma carreira de peso, continuará a ser apenas o Marido da C Ranzolim, cujo pai, para quem não sabe, é Gremista. No Bahia. Julinho Camargo chegou para os profissionais do Grêmio num mau momento e afundou, e nem contribuiu pessoalmente para isto, a onda não era boa. A comissão técnica do Bahia tem estas dores de cotovelo. Provarem valor é o que se dispõe, e nada, quer para um quer para outro, seria melhor para uma reviravolta nesta maré do que derrubar o tricolor. Já pairaram algumas desculpas para ele, e participando do 2 toques, na ULBRA TV, já apontaram o ´relaxamento`, suposto, do Bahia, por ter ganho depois de 11 anos o campeonato da Boa Terra, como uma brecha para não terem êxito no primeiro jogo. É tudo que eles precisavam para uma grande jornada. Circo e palco armados. O Grêmio como mira. Seria, para eles, sem dúvida, uma impecável revanche. Tem os Orixás, claro, a terra dos pais e mães de santo precisam de algo de expressão nacional. É agora. É ? Lá estamos nós, de novo, metidos num clima adverso. Sem medo de errar, digo, o Bahia não é parada mole. Mas nada é mole para o Grêmio que tem que entrar em campo de .... duro !

Pois é de se fazer limonada desta fruta azeda. Passar pelo Bahia credencia o Grêmio, dá confiança, e aqui no Olímpico, nos seus últimos suspiros de existência pode ser o início do retorno à glória pós 11 anos de jejum.

Sem facadas, mas com gana.

Com todo o respeito aos Orixás, o sangue farrapo pode estar sendo ressuscitado neste apático Grêmio dos tempos atuais.

Senhor, dái-nos o Penta. Amém.

@cajosias Carlos Josias


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terça-feira, 15 de maio de 2012

André Lima - faça por merecer !


Aproveitamento e custo benefício. São duas “regras” que são seguidas em 100% fora do futebol, mas no futebol por ser um esporte que vive da paixão dos torcedores essas “regras” não são bem seguidas e muitas vezes ignoradas, por simplesmente “alguns beijos” no distintivo ou alguns lances para agradar o seu torcedor. Vejamos um caso específico essa semana o Dalessandro que amarelou e não jogou contra o Fluminense no Rio para não ficar marcado com a derrota, mas estava 100% para jogar contra o copeiro Caxias, simples né, se consagra depois de não participar de uma partida importante e sai como herói, mas daí de quem é a culpa? É do torcedor e sua paixão errada, isso mesmo, paixão errada, pois, hoje em dia o torcedor dá mais importância para o jogador do que para o Clube.

Mas vamos falar um pouco do “próprio rabo”. André Lima: é um jogador que chegou ao Grêmio desacreditado e conquistou a torcida com beijos no distintivo e um MKT ridículo através de um “boneco – Guerreiro Imortal”. Daí pergunto, guerreiro imortal por quê? Que títulos o levaram a essa tal imortalidade, quantas Copas do Brasil ele ganho no Grêmio, quantos BRs ou quem sabe libertadores, nada senhores, é o legítimo jogador que vive da sombra de outros atletas.

Ano passado ele conseguiu terminar o ano com menos gols que o zagueiro Rafael Marques, mas como sempre tem uma desculpa, jogou pouco esteve machucado. Ok, mas esse ano ele jogou 20 partidas e fez somente 4 gols seu aproveitamento e custo benefício só é melhor que o do Leandro que esse ano não fez nenhum gol, aliás, nem sei quando foi o último gol do Leandro.

Ao torcedor que vai ler isso e é fã do AL, pense mais no Grêmio, pois, a grandeza do Grêmio não pode permitir que um jogador atue somente uma vez por ano bem, foi o que aconteceu com AL ano passado, jogou só um jogo, contra o Flamengo e nada mais, muito pouco, tanto que esse ano quase foi dispensado. O que espero dele, é que faça gols ( daí alguém poderia estar pensando, para calar minha boca? Não, para merecer estar no Grêmio, é pago para isso e muito bem pago, não questiono o quanto ganha, mas jogue e faça gols, só isso importa).

Abaixo algumas comparações com o ataque titular e de qualidade do Grêmio que no momento está no departamento médico (pricipalmente o Kleber, Marcelo Moreno poupado de alguns jogos) e mesmo assim com melhores aproveitamentos.  

E na sequência Miralles e Facundo, também com melhores aproveitamentos que AL, e jogando menos partidas.

O aproveitamento do Leandro não preciso inserir, pois, é 0% - 0 gols em 2012.

Portanto torcedor gremista, não confuda crítica com falta de apoio, o apoio nunca falta e a critica é necessária, só assim se faz um Clube vencedor.

@gremio100mil Grêmio Nada Pode Ser Maior


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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Filme de terror e noite em claro. CBF PUNE INTER E OSCAR JOGA ... JOGA ? Fogos sem brilhos e sem som. A arte da SECAÇÃO

1. A CBF puniu o SCI....liberou Oscar para o Jogo x o Flu. Ele cumpriu com o pedido do SP = não joga se não for aqui .... até pagar o que deve ! Dívidas são feitas para serem pagas ...

2. Me perguntam por que não levo a minha mulher nos jogos do Grêmio...simples, se levar ela não vai acreditar mais quando eu digo que vou ao jogo e vai passar a desconfiar de mim...

3. Quando eu tinha meus 17 anos, pouco mais pouco menos, com um grupo de amigos do saudoso 2o Grau, do Colégio Estadual Pio XII, fui assistir a estréia do EXORCISTA, no saudoso - também - Cine Rex, no centro de Porto Alegre. Platéia aflita e tensa face uma campanha intensa de MKT, na época tinha outro nome, que exaltava a película como o mais assombroso filme de terror de todos os tempos. Cine lotado e iluminado as pessoas se portavam da forma mais nervosa possível. Batiam palmas para qualquer bobagem, riam quase que histericamente, batiam pés... Um pobre casal desfilou pelo corredor central a procura de lugar, foi até a 1a fila e em não encontrando voltaram....ouviram de tudo...Nervosismo. A luz apagou, silêncio total. Era possível escutar os corações solapando. Cena após cena era um ranger de dentes. Eu, agnóstico, achei a ´fita` ( assim se chamava filme naqueles tempos ) com ar de deboche. Nada me afetava. Final do espetáculo ( ? ), a meu juízo de gosto duvidoso, uma sepulcral e monótona mudez. No caminho pelo centro os colegas começaram a combinar quem dormiria na casa de quem, tomados por um temor noturno. Fui para casa, sozinho, atravessei o centro pela Rua da Praia, desci a Borges de Medeiros ( a grana era cura e os ônibus findavam cedo seu dever) alcancei a Praia de Belas e cheguei no meu destino, nesta à frente da Barão do Gravataí ( bons tempos aqueles em que se andava assim, como se estivesse em Montevidéo ). Deitei e dormi tranquilamente. Agnóstico por inteiro. Tomé também era e estava entre os 12 apóstolos, ver para crer. Na tela não vale. Nada aconteceu. Acordei no dia seguinte como se nada tivesse acontecido. Neste ano por duas noites não consegui dormir ..... após os jogos do Grêmio. O time precisa ser EXORCIZADO .... Faça isto Padre Luxa, porque tá um terror.

4. Os reds vão soltar foguetes neste final de semana, contra o Caxias. Fogos mornos, afinal aqui em Ipanema o Glorioso River ganhou saudações da Caramuru quando nos meteu 2 x 0. Imaginem, os caras nos secando contra o River.... resquícios de um hábito adquirido em 30 anos com intervalo de 1 só. Eles possuem muito mais prática do que nós... 11 anos sem títulos, perto deles somos aprendizes, para quem levou 97 para conquistar a América. O repórter hoje bradava que a torcida do Grêmio estava aliviada: estava desabafando sua frustração o Malfica .... Não sei onde, mas aqui não houve um só espocar de foguete. Eu jantei deliciosamente com meu filho, fumei um bom e Puro Cubano e reparei no resultado quando vi um pálido vermelho por as mãos na cabeça. Ai soube, era o gol do Fred. Esperavam diferente ? Esses caras estão ouvindo muito o WC.

5. O Bahia tem um time ruim. Nós, com tantos desfalques, também. Mas Falcão, a Rapunzel careca pode jogar as tranças. Be careful Padre Luxa. Toda a nudez será castigada, e o nosso time está, hoje, como o Rei da História: nu ! Cuidado.

No mais, reparem nos ´olhinhos` e no sorriso de soslaio, da minha filhota Letícia ..... esses sim, senhor repórter de araque, é o meu alívio verdadeiro .... em tudo ..... Esta coluna vai para ela com amor do paizão.

 @cajosias Carlos Josias  
Face C JOSIAS MENNA OLIVEIRA





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quinta-feira, 10 de maio de 2012

[Copa do Brasil'12] Grêmio 2 x 0 Fortaleza - "A velha máxima do futebol"

A velha máxima do futebol está valendo para o Grêmio nesse primeiro semestre: “o que vale são os 3 pontos”. Na coletiva após o jogo Luxa deixou bem claro que  o torcedor precisa entender que o time é esse e foi mais longe: “o time tem um meio campo pesado e pouco criativo” (quase nessas palavras, mas a síntese é a mesma), sendo assim, vamos com o que temos para a disputa da Copa do Brasil (CB).

Desde o começo do ano fui contra a contratação do Caio Junior, quando ele estava por sair e surgiu o nome do Luxemburgo, fiquei “meio” com o pé atrás, mas foi uma boa escolha devido o fato que o time começou ter cara de time, claro sem esquecer a ajuda do Roger que entregou um esquema de jogo para ele montado com a vitória no Grenal do 13eira-Rio no 1º turno. Daquele jogo até agora, Luxa tem bom aproveitamento, mesmo perdendo o Gauchão, até porque, a qualidade faz a diferença, perdemos Kleber e Marcelo Moreno, esse último voltou bem no Grenal e muito bem contra o Fortaleza no primeiro jogo da CB, mas essa semana sentiu novamente e foi poupado do jogo de ontem.

O que me preocupa no Luxa é essa insistência com André Lima, não dá mais, é nítido que o 99 tricolor deixa o ataque lento, sem criatividade na espera de uma lance mágico que o centroavante tem a cada...sei lá, é muita oportunidade para pouco aproveitamento e no banco Miralles ( que também não é nenhuma “Brastemp”), mas em combinação com Facundo deixa o ataque mais veloz e criativo.

Bom, agora é esperar por melhoras do Marcelo Moreno e principalmente, surgiu uma notícia que Kleber “teria” condições para semifinal da CB, isso, seria uma grande notícia, pois, pela grandeza do Grêmio e sede de títulos o tricolor tem a obrigação de passar pela Portuguesa ou Bahia e daí sim, tudo indica o Palmeiras de Felipão pela frente em um jogão lembrando os anos 90 com os treinadores em lados opostos, e espero que Luxa atropele Felipão, pois, ninguém vai nós parar até o título, e acredito nisso, que vamos levantar a taça da Copa do Brasil, mesmo jogando “feio”, aliás, feio ou não o que vale é caneco no “armário”.

@gremio100mil Grêmio Nada Pode Ser Maior


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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Libertadores da América

Libertadores e Grêmio, como separar? Para nós gremistas é sem dúvida a competição mais importante e emocionante. Gostamos do estilo dessa competição, gostamos da energia, da garra que emanam os estádios em noite de LA. Não assisti o Grêmio ser campeão em 83, tive o privilégio de nascer campeã. Mas assisti a Libertadores de 95 e acreditem me lembro como se fosse hoje dos jogos no Olímpico e no Palestra Itália. Grêmio x Seleção Parmalat. Eu tinha apenas 6 anos, mas quando o Grêmio bateu o poderoso Nacional lembro da correria, gritaria... E do meu pai ter entrado do carro e me esquecido na área da casa! Minha mãe então avisou ele e que voltou pra me buscar. Seria meu batismo tricolor, morávamos no Paraná, em torno de 12 quilômetros da cidade (Guaraniaçu). Lembro nitidamente de ao entrarmos na avenida tomada de gente (gaúchos ou filhos de gaúchos que moravam lá), vi um senhor de camisa do Grêmio que carregava nos ombros um menino com a camisa do Inter. E assim era por toda a cidade, colorados comemorando junto com os gremistas o título do gaúcho que era o dono da América mais uma vez. Estou chorando ao relembrar essa história, é impossível lembrar daquela festa e não reviver a emoção. Quando finalmente paramos na praça da cidade para nos juntarmos a todos os amigos, meu pai notou que eu estava de pés descalços! Na confusão ninguém lembrou de me dar um calçado.

Quando finalmente chegamos a Libertadores de 2007, na final com toda a festa preparada a imagem daquele longínquo 95 me veio a tona e perguntei ao meu pai: “Pai, será que aquele menininho que estava de camisa do Inter nos ombros do pai virou gremista?”. Meu pai surpreso, e sem nem imaginar do que eu estava falando me olhou perplexo. Ele não se lembrava, mas eu lembrava da minha indignação ao cruzarmos por aquela cena naquela noite. Eu havia perguntado: “Pai, se ele é colorado, por quê tá aqui comemorando o NOSSO título?” meu pai havia respondido: “Aqui é assim, quando um gaúcho ganha os dois comemoram, porque importa é nunca esquecer da onde viemos.”. Ao relembrar o fato em 2007, com um olhar distante meu pai respondeu apenas: “eu acho que sim”. Eu acrescentei: “eu tenho certeza que ele é gremista, é impossível ele ter vivido aquele momento e não ter se apaixonado por aquele time.”

Toda essa história, tudo isso é só para mostrar o quanto essa competição marca a vida de um gremista. O quanto significa para nós sermos campeões da América e porque quando os que não são merecedores vencem isso nos indigna. Mas a Libertadores de 2007 tinha de ser nossa, foi no nosso estilo e nos deixa amargurados até hoje. Nós acreditamos até o último minuto, acreditamos no Capitão Tcheco e sua equipe. Eles não nos decepcionaram, porque desde o início sabíamos que só chegamos a final porque a garra falou mais alto que a técnica. Vou reproduzir aqui um trecho do texto que fiz para a “Saga Libertadores”:

“O bravo Grêmio do capitão Tcheco, de Lúcio, Lucas Leivas, Sandro Goiano e Carlos Eduardo comandado por Mano Menezes era visivelmente mais fraco que seus adversários tecnicamente, um misto de garotos e homens mais experientes, mas que em tudo lembrava o Grêmio de 1995, fraco individualmente e forte no coletivo e um grande técnico no banco, mais uma vez. Essa equipe fez o possível e impossível para ser campeão nessa edição. Em jogos disputadíssimos o Grêmio fez valer o motivo de ser considerado Imortal, e um dos jogos mais saborosos? Eliminar o “poderoso” São Paulo, que foi considerado favorito em absoluto pela imprensa paulista e dava como suficiente o 1x0 no Morumbi para tirar o Imortal Tricolor da Libertadores, mas o final dessa partida? A memória que tenho guardada é a bola sobrando na área de Rogério Ceni, picando para Tcheco bater e fazer o gol que soltou o grito preso na nossa garganta e o veredicto final veio com Diego Souza. Não menos emocionante que os pênaltis contra o Defensor. E é claro a semifinal polêmica contra o Santos e Pelé é claro. O grande herói sem dúvidas foi Tcheco por marcar gols decisivos nos três jogos mata-mata. Os quais acertei todos os resultados, exatamente, só errei um resultado: A final.
A dolorosa final contra o Boca Juniors, em que apostamos todas as nossas fichas que Tcheco faria o gol que nos faria respirar novamente, mas isso não aconteceu. A velocidade de Lúcio, audácia de Carlos Eduardo e Lucas e a raça de Tcheco não foram suficiente contra o Boca Juniors de Riquelme.
Sem dúvidas foi o maior espetáculo já dado por uma torcida para um time que PERDEU a competição mais importante para o clube. Foi puro delírio gremista aplaudindo, os atletas visivelmente abatidos e que choravam ao sair de campo, vendo que o sonho do tri havia escapado ainda em La Bombonera e que a pressão de um Olímpico completamente lotado por uma torcida que acreditava, inacreditavelmente, nos 4x0 sobre o segundo maior campeão da Libertadores. Confesso que tremo ao ouvir o nome da equipe argentina. Senti repulsa pela “catimba” deles nos jogos e que tenho terror em pensar em enfrentá-los novamente. Por não confiar no Grêmio? Não, por achar que os Deuses do futebol foram injustos, em especial nesse caso.
Após esse episódio, e a imprensa ter tripudiado com piadinhas sobre o Imortal Tricolor, só se fez aumentar nossa “gana” por esse título. Em 2009 o Grêmio vai em busca do Tri com uma equipe experiente, que fez a melhor campanha da Libertadores até ser eliminado pelo Cruzeiro, em um jogo tumultuado e repleto de oportunismo do clube e da imprensa anti-Grêmio. Fato o qual impressiona, a raiva da imprensa do resto do país com o Grêmio. Mas sem mais delongas, o nosso carrasco novamente nas quarta de final foi o Cruzeiro, cheio de “marra” e se contando campeão, o que não aconteceu pelo contrário, o Estudiantes fez 2 gols no Mineirão, e eu senti a alma lavada, em partes.”

Aline: Falar de Tcheco e não lembrar de 2007 é impossível. Gremista de verdade, enche os olhos de lágrimas ao lembrar daquela Libertadores. Em minha humilde opinião, uma Libertadores de raça, de garra de imortalidade. Todos sentem um gosto amargo de que poderia ter sido diferente, você concorda? Onde o time pecou?

Tcheco: “Se parar pra lembrar, quando começamos a Libertadores o grande objetivo era passar da 1ª fase, depois tirar o São Paulo que era o atual campeão, o Defensor com 2x0 depois do desempenho fraco que tivemos no Uruguai. E depois o todo poderoso Santos, todo badalado, e nessas fases todo jogo com o tom dramático, que valorizou mais ainda nossa equipe. Mas na final, no primeiro jogo acabou encaminhando o titulo do Boca, talvez se estivéssemos com 11 jogadores o jogo todo, poderia ser diferente, mesmo perdendo com uma diferença mínima, nos teríamos outra estratégia pro 2º jogo. Poderíamos fazer um final feliz e coroar um grupo que não tinha crédito pra chegar numa final e junto com uma torcida que estava carente de grandes jogos, e que resgatou novamente aquele torcedor que estava descrente do gremismo, e que ficou marcado também pela maneira que a torcida se comportou, mesmo depois da derrota, me lembro que tinha muitos gremista com a camisa nas ruas, isso nos dava orgulho, tanto que no próximo jogo pelo brasileirão, ganhamos grenal, no Beira Rio. Então, essa libertadores vai ficar marcada pra muitos, por um grupo que honrou mesmo, na raça, tática, torcida, desbancando times melhores tecnicamente, mas o título não veio porque encontramos um time com um jogador muito inspirado na final.”

Aline: Ainda sobre a LA07, havia algo de diferente naquela edição quando comparada as outras edições que você disputou?

Tcheco: “Pra mim a grande diferença mesmo era a atmosfera que a torcida envolvia no Olimpico. Não sei se era porque estava algum tempo sem disputar a Libertadores, ou se o Inter tinha sido campeão no ano interior, mas jogar no Olímpico aquele ano foi diferente até mesmo que em 2009.”

Aline: Qual era o espírito da equipe antes do jogo final, contra o Boca no Olímpico, o time tanto quanto a torcida acreditava na virada histórica?

Tcheco: “A gente acreditava sim, a torcida fazia a gente acreditar durante a semana. E nós queríamos pelo menos fazer um gol no 1º tempo, mas eles tiraram uma bola de baixo do gol e o Schiavi cabeceou uma bola na trave, num escanteio ou falta, não me lembro, isso nos desgastou muito pelo ritmo do 1º tempo. Mas não deu certo e logo que começou o 2º tempo eles fizeram um gol, ai não dava mesmo.”


                                                  @alineremus Gremista desde sempre
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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Além da relação de intimidade do ministro julgador com o advogado do CASO OSCAR, num ferimento violento a ética, parecer de procurado de justiça destrói teoria PRÓ OSCAR

 ( a cooperação na remessa e descoberta do artigo se deu por Karla Gomes Steiner )

Opinião de quem não está ´chutando`.....

O texto está publicado no "consultor jurídico", se quiserem conferir a autenticidade: http://www.conjur.com.br/2012-mai-03/senso-incomum-habeas-corpus-jogador-oscar-exemplo-decisionismo

É longo, mas muito bom o texto. não conheço esse procurador, não sei nem pra que time torce, mas gostei muito. o precedente que o MINISTRO de estreitas relações familiares com o advogado da parte - OSCAR ( Sogro ) que legalmente e ou eticamente lhe levaria ao impedimento ou suspeição de acordo como art. 124, IV do CPC, abriu pode se transformar numa itaipu de absurdos para o uso do HC. 

E o "Oscar" vai para... O decisionismo (de novo)!

                                                                                      @cajosias Carlos josias


Então, vamos ampliar as situações. Enquanto há milhares — milhares mesmo — de casos passíveis de habeas corpus e que são negados sob várias motivações formais, do tipo “não se conhece da medida, por ser caso de agravo de execução”, “não se conhece do writ porque não esgotada a instância” etc, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) acaba por nos brindar com uma pérola, ao conceder habeas corpus ao jogador Oscar, do Esporte Clube Internacional, em face da disputa envolvendo aquela agremiação e o São Paulo FC. A notícia está em todos os jornais. No seguimento, os leitores que não leram a notícia entenderão o imbróglio. O que importa aqui não é nem o fato, mas o silêncio eloquente dele decorrente. Parece que a comunidade jurídica acha normal esse tipo de decisão. Em um país de accountability praticamente zero, nada pode nos surpreender...!

Para deferir o habeas corpus, o TST invocou Rui Barbosa... E eu invoco Raimundo Faoro, para dizer que o Brasil é ainda pré-moderno. Dizia Faoro, em seu Os Donos do Poder, que o Brasil, em muitos aspectos, não ultrapassou a fase dos estamentos. Refiro-me ao binômio patrimonialismo-estamento que Raymundo Faoro, inspirado em Max Weber, apresenta para construir sua interpretação do Brasil (desde as feitorias até a Era Vargas). Com efeito, em larga síntese, a tese de Faoro era de que – e ressalta-se que ela permanece atual na maioria de seus aspectos – o poder político no Brasil se articula, devido a uma herança lusitana, a partir de um Estado que é patrimonialista em seu conteúdo e estamental em sua forma. O estamento – diz Faoro - é o que dá forma a esse exercício patrimonialista do poder.

Há, assim, brasileiros “diferentes” de outros brasileiros, circunstância reconhecida pelo Presidente Lula, não faz muito, ao sugerir que o Ministério Público, antes de denunciar alguém, examine antes o seu curriculum, como se o direito penal fosse um “direito penal do autor”...! Sua Excelência se referia à possibilidade de o Senador Sarney ser processado... Para ele, Presidente da República, o MP deveria, primeiro, ver com quem estava lidando... Algo do tipo “você sabe quem é o denunciado? Você se informou antes acerca de quem é essa pessoa?” Foi pelo menos assim que eu entendi.

Essa constatação assume contornos dramáticos, quando percebemos que, passados mais vinte anos desde a promulgação da Constituição, não há indicativos de que tenhamos avançado no sentido da superação da crise por que passa a operacionalidade do Direito em terrae brasilis.[1] Qual a razão para que a mais alta Corte (essa designação de “Corte” é um ato falho estamental, sem dúvida) da justiça do trabalho invente a concessão de um habeas corpus para um jogador de futebol que estava em sua casa, com piscina, recebendo seu ótimo salário (que deve passar de 200 mil reais por mês, seguramente), tudo “nos conformes”?

Estava ele, o atleta Oscar, passando fome? Seu salário não estava sendo pago? Estava em cárcere privado? Estava sob trabalho escravo? Não. A resposta é, dramaticamente, não. O jogador Oscar simplesmente era protagonista de uma singela (ou complexa) disputa comercial entre dois clubes de futebol. Frisa-se: uma discussão contratual! A proibição de desempenhar sua atividade estava atrelada ao descumprimento do contrato e o não pagamento da multa correspondente. Sim, Oscar não pagara a multa contratual.

Portanto, tratava-se de uma questão que não envolvia sua liberdade de locomoção, liberdade pessoal, ou outra coisa do gênero. Estava impedido de trabalhar? É? E quando um jogador é suspenso por dois meses, por agressão a outro jogador ou ofensa a um árbitro, cabe habeas corpus? Poder-se-ia redarguir: “mas neste caso houve uma ato ilícito, reconhecido pela justiça desportiva”. Sim, entendo. Mas, permaneceria a pergunta: o descumprimento do contrato, também não é um ato contrário ao direito? Tal descumprimento, igualmente, não fora reconhecido pelo judiciário. Por certo que exageros do tipo “não nos interessa a multa, queremos contar com o jogador” (discurso do clube São Paulo), devem ser contidos pelo Judiciário que, nos termos da melhor reconstrução da história institucional do Direito, deverá arbitrar o valor da multa (mais as perdas e danos, se for o caso) a ser paga pelo descumprimento do contrato. De se notar: o pagamento da quantia determinada judicialmente libera o jogador da obrigação. Esse é um detalhe importante. Mas que nada tem haver com a necessidade de se conceder uma ordem de habeas corpus.

Qual é a relação do instituto do habeas corpus com o futebol? Qual a fundamentação do Ministro? Alguma vez na historia algum tribunal do mundo já o fizera? O próprio TST tem precedentes? Se os tem, nem de longe possuem qualquer similitude com o “caso Oscar”. Ora, invocar o precedente do Supremo Tribunal Federal (histórico e corajoso) quando da declaração em sede difusa do art. 48, do DL 314, de 1967 (Lei de Segurança Nacional) parece um disparate. Naquele caso, estava-se diante de um dispositivo da LSN que impedia o exercício profissional em face do simples recebimento da denúncia por crime contra a segurança nacional. Não me parece que haja similitude com o caso de um atleta objeto de uma mera discussão contratual entre dois grandes clubes de futebol. Aliás, que história é essa de precedentes? O que é isto – um precedente judicial? Onde fica a coerência e a integridade do Direito? O que liga uma decisão à outra? Nada? Um grau zero de sentido?

Quais são os efeitos colaterais dessa decisão? Não haveria outro meio processual para solver a pendenga? Oscar não poderia esperar alguns dias até o julgamento final? Onde o periculum in mora? Quem pode responder a esse questionamento? O TRT de São Paulo pode até ter exarado decisão equivocada (abaixo, dialetizo isso). Mas daí a dizer que, em face dessa decisão, havia “coação” ou “violência” impedindo o atleta de exercer a sua profissão vai uma distância enorme.

Vamos dialetizar o “case”:

Hipótese 1: vamos dar de barato e dizer que a decisão do TRT de São Paulo estava errada. Ou seja, ainda que o atleta Oscar não tivesse reconhecido o seu direito à rescisão indireta do contrato de trabalho, que o São Paulo fosse o melhor dos empregadores do mundo ocidental, cumpridor de suas obrigações etc., mesmo nessa hipótese, não poderia o Tribunal simplesmente restabelecer o contrato e determinar o seu cumprimento, digamos assim, “in natura”. Ora, quando isso acontece, cabe ao Tribunal converter a rescisão indireta em rescisão... direta, injustificada! Afinal, é para isso é que existe a cláusula penal. Se o jogador não quer mais jogar, que pague a multa e levante acampamento. “Ah, Prof. Lenio, mas aí qualquer jogador pode sair de qualquer time assim, sem mais nem menos?” Sim! Contanto que pague a multa. “Mas isso não é descumprimento do contrato?” Não. A multa integra o contrato. Pacta sunt servanda. Se há discussão a respeito do valor da multa, ou de seu pagamento prévio ou posterior, que se faculte a caução. Isso tudo para dizer que, no caso, uma decisão incorreta levou à outra. Dois erros não fazem um acerto, eu sei, e é óbvio.

Dizendo de outro modo: o atleta Oscar pediu a rescisão indireta do contrato de trabalho, alegando que o São Paulo não cumpriu com as suas obrigações contratuais (art. 483 CLT). O objeto de ações como essa é, justamente, o reconhecimento de que foi demitido, de fato, sem justa causa. Com isso, o empregado ganha as verbas rescisórias daí decorrentes (multa sobre o FGTS etc.). Quando o empregado não prova os fatos alegados (que foi o que entendeu o TRT), a consequência não é o restabelecimento do contrato de trabalho, mas, apenas, o reconhecimento de que a rescisão ocorreu por iniciativa do empregado. Repassa-se ao empregado, automaticamente, os ônus da rescisão (no caso, inclusive, a cláusula penal). Observe-se: não se discute a “validade” do contrato. Válido ele foi desde sempre. O que se discute é se ele foi cumprido ou não.

Hipótese 2: também vamos dar de barato e dizer que a decisão do TRT estava certa... O que mostra apenas a complexidade da querela. Raciocinemos do seguinte modo e o faço isso por amor ao debate. Assim: O TRT-SP não poderia ter convertido a rescisão em pecúnia. Isso seria extra petita. O atleta Oscar tinha contrato com o São Paulo. Alegou um vício qualquer em juízo e pediu a anulação do contrato. Ganhou a liminar e no mérito em 1ª instância. Mas perdeu em segundo grau e a consequência só pode ser a validade do contrato, ao menos até que seja rescindido por vontade das partes. Daí decorrem consequências que não são trabalhistas, mas desportivas. Se o Oscar tem um contrato válido e anterior com um clube, não pode ser inscrito por outro. Se deixarem um time novo inscrever sem haver rescisão do contrato, há sim perigo de que os jogadores mudem de time de graça e sem causa. Também ao que consta, o atleta não procurou o São Paulo, nesse espaço de tempo, para pagar a multa rescisória... Ou seja, para sair do São Paulo e assinar com outro clube, ele (ou o Internacional) tem/tinha de pagar a multa. E esta não foi paga! Então procurou a Justiça e perdeu, pelo menos até que recebeu o habeas corpus. Em outras palavras, para rescindir contrato não precisa de HC nem de processo, precisa pagar a multa. O que o TST fez foi liberar o atleta para jogar em outro time sem pagar nada. Coisa que o TRT-SP negara.

Ou seja – seguindo na hipótese de que o TRT tenha decidido corretamente —, se o contrato sempre foi válido e se o ônus da rescisão é do jogador, significa necessariamente que o jogador tem de se desonerar dos ônus, para liberar-se da obrigação. E isso tem de acontecer antes de jogar por outro time. Se não for assim, e se o jogador pode transitar livremente sem haver rescisão (i.e., pagamento) e se a CBF puder incluir no BID contratos de jogadores com vários clubes simultaneamente e ele pode jogar por qual quiser quando quiser, essa decisão do TST, utilizada como precedente, fragilizará as relações desportivo-contratuais.

Na verdade, não me importa quem esteja com a razão. O que quero demonstrar é que a única coisa que não cabia – exatamente em face da extrema complexidade do caso – é a concessão de uma ordem de habeas corpus. Isto é, não considero o “caso Oscar” de relevância material a ponto de, digamos assim, “desestabilizar” o direito... Importa-me, aqui, denunciar os ab-usos dos institutos jurídicos, utilizados de forma ad hoc, como se no direito tudo fosse relativo. Habeas corpus só se concedem no limite do limite. Um writ não é algo que esteja à disposição (Ge-stel) do julgador. Decidir não é o mesmo que escolher.

Fora do processo penal, há pouquíssimas situações, como o caso de um paciente de hospital que é impedido de sair por não ter dinheiro para pagar a conta. Só que, neste caso, seu direito de ir e vir está sendo impedido... Mas, no “caso Oscar”, onde está no enquadramento do direito de ir e vir? Veja-se, de novo, o que diz a Constituição: dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Onde a violência ou coação na liberdade de locomoção do atleta Oscar? Fosse o Oscar atleta com vínculo com o E.C. Asa, de Arapiraca, envolvido em uma disputa com o River A.C., de Sergipe... Queria ver essa “causa” chegar ao TST nessa velocidade e vir a ser solvida mediante a concessão do remédio heróico. Esse é um dos problemas denunciados na obra de Faoro. Assim como na sociedade, também no futebol existem estamentos.

Hermenêutica jurídica é coisa séria. Não se pode dizer qualquer coisa sobre qualquer coisa. Há limites semânticos que, se não forem ultrapassados pela parametricidade constitucional, devem ser minimamente obedecidos. Não se pode “transformar um homicídio em um estelionato” ou “um furto em um crime de falsidade”. Vou repetir, aqui, um velho exemplo, que vem de um positivista da cepa, Herbert Hart. Ele usa o jogo de críquete para exemplificar os limites da aplicação do direito. E eu faço a adaptação para o futebol, já que estamos a falar de coisas relacionadas ao esporte bretão. Se um jogador é derrubado meio metro fora da área ou meio metro dentro da área, pode-se discutir a penalidade. Agora, se o árbitro decidir dar o pênalti há cinco metros da área ou no meio campo, teremos um sério problema. Primeiro, a decisão valerá. Afinal, ele é o árbitro. O problema é a jogada seguinte. Se outro jogador for derrubado no meio campo, o árbitro marcará a penalidade? Mas, neste caso, qual é a regra que estará valendo? A regra do futebol ou a “regra do árbitro”? E diz Hart: um jogo baseado na discricionariedade do árbitro não é um jogo de futebol; é um “jogo do árbitro”; e, neste caso, já não haverá mais regras do jogo de futebol! Bingo. Nem precisei apelar para autores de matriz pós-positivista ou coisa que o valha.

A inusitada e arbitrária (no sentido de estar para além da discricionariedade) decisão do TST abre caminho para uma pororoca de situações. Um aluno que não passa de ano e recorre da correção e se julga injustiçado... Vai buscar HC para cursar o semestre seguinte, porque está sendo impedido de estudar no semestre que ele considera seu direito... Executivos que trocam de empresas e que tenham cláusula de exclusividade e que, ao trocarem de empresa, não pagam a cláusula penal... Ao serem demandados na Justiça, valer-se-ão do habeas corpus. Exatamente como o “caso Oscar”. E um juiz ou membro do Ministério Público que, em face da “quarentena”, está impedido de advogar por três anos? Não é caso de HC? Ora, ele está sendo impedido de trabalhar. Que violência, não? Logo, vai aqui uma sugestão, já que o TST invocou a decisão do STF que declarou a inconstitucionalidade do artigo 48 da Lei de Segurança Nacional: no caso da quarentena, o TST declara, em sede difusa, a inconstitucionalidade da Emenda Constitucional 45, que estabeleceu o prazo de três anos da “quarentena”... Pronto. Ora, onde se viu impedir aposentados de trabalhar no dia seguinte? Onde está o direito ao trabalho e a liberdade de escolha da profissão? Tudo conforme o precedente do “caso Oscar”.

O uso do habeas corpus virou uma “questão esquizofrênica”. No processo penal, de há muito já foi transformado em “recursão” (na Bahia, tentaram um HC para um macaco “preso” no Zoo; já vi também pedido de HC para liberar automóvel). Valendo a tese criada pelo TST, temos que pensar na generalização para outros casos. Se qualquer jogador puder obter HC para trabalhar onde quiser, o futebol brasileiro foi para o beleléu, porque vive da exportação de jogadores e os jogadores vão pedir HC ao invés de serem vendidos para a Europa.

Afora que, nesta quadra da história, uma plêiade de livros sobre Direito Constitucional e Direito Processual Penal – desde a dogmática mais pedestre até sofisticados livros sobre a história das garantias constitucionais do Brasil – são uniformes ao afirmar que, com a incorporação do mandado de segurança em 1926 passando pela ampliação da “jurisdição constitucional das liberdades” em 1988 (com a consagração do Habeas Data e do Mandado de Injunção), não cabe mais falar no chamado “uso heterodoxo” do habeas corpus.

É isso mesmo. Atualmente, está ultrapassado falar em “uso heterodoxo do writ”. Já não cabe esse tipo de discussão pós-Constituição de 1988. Os casos de impetração do writ, por expressa disposição constitucional, ficaram restritos à liberdade ambulatorial, de locomoção, pois. Daí que não parece ser um bom argumento – dadas as singularidades situacionais e históricas – invocar a autoridade de Rui Barbosa que, como se sabe, era partidário do uso heterodoxo do writ, o que deu origem à chamada “doutrina brasileira do habeas corpus” (segundo a qual caberia a impetração do remédio tanto para violações da liberdade de ir, vir e permanecer, quanto para as violações à liberdade religiosa). Mas isso era “naqueles tempos”! Sobral Pinto chegou a usar a Lei de Proteção aos Animais para defender Luís Carlos Prestes. Ou seja, eram outros tempos.

De todo modo, no Brasil, cada vez mais prolifera a infeliz ideia de que interpretar a lei é um ato de vontade (de poder). Nesse sentido, mostram-se muito próximas as diversas posições axiologistas-voluntaristas que conformam o imaginário dos juristas (fruto da jurisprudência dos interesses, da jurisprudência dos valores, da ponderação de valores, do realismo norte-americano ou escandinavo, ou, ainda, produto de um voluntarismo ad hoc mesmo, sem “filiação” teorética). Tudo pode. Tudo é permitido. Algo do tipo “não há verdades”. “Tudo é relativo”[2] (como se a frase também não fosse relativa!). As decisões acabam sendo fruto de meras subjetividades, sem compromisso com a história institucional do Direito e do instituto em questão. É o extremo pragmaticismo em vigor. Como se existisse um “grau zero” e que a decisão pode ser do jeito que o decisor quiser.

Aliás, a tese de que “a interpretação da lei é um ato de vontade” (de poder) está no oitavo capítulo da TPD de Kelsen (desculpem-me, mas tenho que lembrar isso em todos os momentos). Ali, naquelas poucas páginas daquele pequeno capítulo, reside o “ovo da serpente do decisionismo”. Kelsen era um pessimista moral. Ele tinha certeza de que era impossível controlar a vontade de poder judicial. Ele lera Nietzche. Por isso, fez a sua teoria pura. E a colocou — a TPD — no andar de cima, no plano da ciência do direito (uma meta-linguagem sobre a linguagem objeto, que era o direito enquanto conjunto de regras). Kelsen não queria se meter no andar de baixo (no mundo da aplicação). Ali, dizia o velho mestre, faz-se política jurídica. Não é ciência...! Pois é. O velho tinha razão: política jurídica. Era terrível esse Hans.

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[Pós-Jogo] - Fortaleza 0 x 2 Grêmio: A Arte do Foco

Na noite desta quarta-feira, o Grêmio estava jogando em nome do primeiro semestre de 2012. Depois de ser eliminado do Gauchão pelo principal rival, havia o temor de que esta derrota mexesse negativamente com o ânimo do elenco tricolor.

Já o Fortaleza, parecia estar jogando a sua vida. O time, que está na série C do Brasileiro e vai bem no estadual, tem poucas oportunidades de jogar contra os grande e nunca chegou às quartas-de-final da Copa do Brasil. A torcida compareceu em peso ao Presidente Vargas para apoiar o Leão.

Marcelo Moreno gol Grêmio (Foto: LC Moreira / Futura Press)
Marcelo Moreno comemora seu Gol com Naldo e André Lima

O técnico gremista surpreendeu na escalação. O time parecia mais defensivo, com um meio-campo a mais. Além disso, não entendi a opção por André Lima em lugar de Bertoglio. Mas o Grêmio começou bem, adiantando a marcação para seu campo de ataque e anulando praticamente todas as jogadas do Fortaleza pelo meio. O time do Nordeste se viu obrigado a usar ligações diretas e lançamentos longos, errando muitos passes. Victor teve pouco a fazer no primeiro tempo e a defesa esteve bem posicionada.

Aos 11 minutos, depois de um cruzamento de Leo Gago, Marcelo Moreno dominou no meio da área adversária e chutou com o bico do pé. Era a primeira conclusão do Grêmio, que abria o placar em Fortaleza. E o nono gol do atacante na temporada.

Menos de dois minutos depois, em boa jogada de Edilson pela direita, Marco Antonio recebe e, sem dominar, chuta na veia da bola marcando um dos gols mais bonitos que já vi. O Grêmio chutava pela segunda vez e marcava o segundo gol, desestabilizando o time do Fortaleza e calando sua fanática torcida. A festa era dos cerca de 150 gremistas presentes ao Presidente Vargas.

O Leão veio para cima do Tricolor de forma desorganizada durante o restante do primeiro tempo. As conclusões não levaram perigo para Victor e o Grêmio explorava o contra-ataque.

No segundo tempo, sabendo da enorme desvantagem que tinha no placar, o Fortaleza foi para o ataque. O time do Grêmio passou a cometer mais faltas, e numa delas o lateral Pará foi expulso. O Grêmio se viu com um jogador a menos aos 17 minutos, obrigando Vanderlei Luxemburgo a saca André Lima e colocar Saimon em seu lugar. O técnico ainda trocou Werley, lesionado por Vilson e Marco Antônio por Marquinhos, já no final do jogo. Aos 39, Victor fez sua única defesa difícil no jogo. O Grêmio leva para o Olímpico a enorme vantagem de dois gols qualificados.

Foi uma vitória do foco. Uma vitória de separar um campeonato do outro e de olhar para o futuro. Luxemburgo e o Grêmio pareceram entender que a torcida quer voltar para a Libertadores. Que o Grêmio precisa voltar a ser grande. Que o ano do adeus ao Olímpico precisa ser épico.

Annie Fim  @anniefim

Foto: Globoesporte.com
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quarta-feira, 2 de maio de 2012

[Pré-jogo] - Fortaleza x Grêmio


No descompasso e incerteza o Grêmio se apresenta para enfrentar o Fortaleza às 19:30hrs dessa quarta-feira. Obviamente uma derrota em final de campeonato, ainda mais para o arquirrival desarranja o que parecia estar encaminhado. Ao menos em teoria, porque na minha opinião time que não entra em campo não fica abalado. E o Grêmio não entrou em campo domingo, se eu estiver errada me provem o contrário. É necessário progresso e mais do que vencer o Fortaleza o Grêmio precisa massacrar. O fato é que não temos qualidade técnica suficiente para massacrar, o único jeito de impor a superioridade seria na raça, mas convenhamos que isso tem faltado e muito na equipe gremista. Tivesse vencido comemoraríamos e provavelmente continuaríamos a tapar o sol com a peneira.

O adversário é conhecido, ainda não é o mais forte da competição mas certamente o suficiente para barrar o tricolor gaúcho de avançar na competição. Em 1997 Grêmio e Fortaleza se enfrentaram pela primeira e única vez na CB e o Imortal levou a melhor. O técnico Nedo Xavier definiu a equipe do Fortaleza no esquema 4-4-2.

Se o presente e o futuro do Grêmio na CB é nebuloso, o passado é radiante. E no intuito de iluminar Jardel visitou o treino do Grêmio e desfilou o saudosismo. Não se preocupe Jardel, nós também ficamos nostálgicos com a simples menção de seu nome. Paulo Nunes e Jardel: Soa como música aos nossos ouvidos e nos remete a CB, LA ou melhor, nos remete a anos de glória e títulos. Será que Jardel é pé-quente empurra, mesmo que na torcida a equipe para a vitória?

O Grêmio irá contar com Marcelo Moreno no lugar de André Lima, e a seu lado Bertoglio. Confesso que a dupla realmente me empolga. Se M. Moreno entrar com a inspiração, que não vem tendo a algum tempo, e Bertoglio jogar o que realmente sabe, teremos um bom ataque. Mas é evidente que precisamos sobretudo de um armador veloz e inteligente, isso ainda não temos. Luxemburgo mais uma vez não divulgou a escalação, mas arrisco dizer que com exceção de M. Moreno não haverá mudanças em relação ao Grenal.

A dúvida existe, certamente a equipe tricolor não pode se dar ao luxo de exalar confiança. Mas esperamos que a história gloriosa da CB pese, ainda mais com relação ao histórico de confrontos contra os times cearenses. Vamos torcer para o Imortal tricolor largar em vantagem.

@alineremus Aline Remus, tricolor desde sempre
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