Na última coluna, sob o título “CONSIDERANDO(S). RESULTADO. TORCIDA,
REDES E O COCORICÓ DA MÍDIA”, veiculada no blog
referi que o final daquela partida variava de ruim a muito bom
conforme a ótica com que se analisassem circunstâncias e jogo.
Contra o Flamengo os considerandos eram semelhantes, porém mais
ameaçadores. Fla e Vasco são times de tradição, camisa, torcida, fazem o
clássico dos milhões no RJ, mas é evidente que o primeiro está em posição muito
mais confortável na tabela. O afastamento de jogadores por festa, ao contrário
de anunciar facilidades, remeteria a dificuldades, porque tirando as laranjas
podres o balaio tende a ficar mais qualificado. O Flamengo, velho rival, vinha para
um tudo ou nada de entrar de vez na briga pelo G4 ou sair fora deste grupo de
entrada para a LA.
Era imperiosa a vitória, porque na reta final o Grêmio entra na trilha
de se definir, ou vai ou racha, ou se segura no grupo de ponta ou vai se
arrastar até o fim num sofrimento e expectativas por demais arriscadas.
As cornetas começavam a se ouvir em tormentosas dúvidas, o Apocalipse
é o anúncio mais perseguido pelos sopradores de tumba.
Ironicamente cheguei a dizer que trocava todos os desfalques do Fla
por um só: Guerrero. Pois a maior ameaça não aguentou o tranco do jogo e acabou
expulso.
Que jogo do Luan e que golaço do Bobô que provou que não é bobo. Ficou
evidente a falta que faz Luan quando não joga. Mesmo que se desligue vez que
outra se trata de um jogador hoje indispensável no Grêmio.
Temos que entender que o Grêmio não vive mais os momentos da década de
90, mas se prepara para uma jornada de cara nova, administração que acerta e
futebol que se encaixa a partir de Roger.
O Jogo iniciava e berrantes contra o treinador se levantavam. Pura
ignorância.
As jogadas e os gols de hoje lembraram em parte os anos 90. Mas não
vivemos mais os Tempos da Brilhantina.
O caminho, contudo, da retomada, está aberto e se está fazendo
corretamente. Aperta o cerco a cada jogo uma decisão, a reta final é madrasta
em enfrentamentos. Mas hoje se viu que se pode chegar lá. E bem.
Saudações tricolores.