Leiam com atenção esta nota que foi veiculada nos principais jornais da cidade hoje. Já leram ? Ah, por favor, leiam de novo.
O concorrente perder uma concorrência, é do jogo. Enviar um cumprimento pessoal, um telefonema, um torpedo, um email, um telegrama ( é, sou do tempo do telegrama ... ) é bem elegante, embora nada comum. Imaginem Senna cumprimentando por telefone a Prost pela vitória deste na corrida do dia. Agora imaginem qualquer exemplo semelhante ao da ilustração com o perdedor metendo uma página inteira, e cara, nos principais meios de comunicação, para, não reconhecer a perda, mas agradecer por ela. E mais, ampliar agradecimentos. Se não for ironia, ou deboche ... terceirização ou mira em recompensa futura .... ah ... há algo de muito estranho nisto.
Não pensem que a questão está sendo suscitada apenas por um Gremista e por ser Gremista, em que pese um Gremista nunca ser ´apenas`.... Esta argumentação de RANCOR GREMISTA, que muito ouvi e li, poderia ser trocada por INDIGNAÇÃO OU INCOMPREENSÃO DO CONTRIBUINTE, seria mais honesto e real = expliquem para nós direitinho este imbróglio. Estou refletindo como cidadão, como contribuinte que todos nós somos. Uma imensa área da cidade foi doada ao SCI e a cidade pertence a todos os contribuintes, ou estarei divagando sobre a finitude e a infinitude do ser ? E a doação foi ampliada. Inescondível os privilégios - e digam o que quiserem, falem o que entenderem, mas é inegável historicamente estas benesses de concessão =
Também inegável que ao longo do tempo sequer as exigências da doação primeira foram cumpridas com a inércia das autoridades pelo escancarado descumprimento. A área comunitária do art. 5o do diploma de doação nunca foi disponibilizada, tampouco o Município fez uso da sua autorizada disponibilidade. A escola pública que tinha que ser construída, como também já se escreveu por aqui e constou como requisito da lei....nunca nasceu e nunca nenhuma autoridade reclamou, o Ministério Público, que deveria ser um atento fiscal da lei, se quedou inerte desde 1956, ou seja há 56 anos, sem mover uma palha neste sentido.
Bem, talvez eu esteja exagerando, ou sendo um fanático torcedor do rival beneficiado, afinal o que são 56 anos na história da humanidade ?
Não, não sou poeta, mas aprendi amar. As obscuridades dos negócios com o dinheiro público, o nosso, parece que se estampam na frase eterna do poeta maluco: o futuro é um museu de grande novidades. Elas, obscuridades, se repetem e sob os olhares complacentes de muita gente boa ... E o pior, nunca se sabe ao certo o que se passa entre a nossa vã filosofia e .... hum o pior é que é assim mesmo. Não saber desvendar o mistério da Santíssima Trindade, a nós mero mortais, é compreensível, mas parece que as questões públicas são muito menos explicáveis do que as divinas, ou menos compreensíveis. Quem sustenta a cidade, o país, e o mundo, quase nunca fica sabendo exatamente o que é exatamente feito e como é repartidao a sua contribuição que deveria reverter exatamente a todos.
Meus amigos, estivesse viva o melhor show que poderíamos ter seria com a Cássia cantando para os contribuintes: quem sabe ainda sou uma garotinha !
Sob todas as pressões a AG suportou ´as pontas` e seu Presidente nunca deu as caras. A AG resistiu ao carteiraço Presidencial e se foram duas semanas sem resposta à ´chefona` maior; o Governador deu prazo e este foi ultrapassado silenciosamente, sem resposta. O Prefeito que já não tem mais cabelos pretos começou a ver avançar suas ´entradas` capilares. A AG, neste meio tempo, foi chamada de tudo por todos da imprensa. De vigaristas, mafiosos, não sérios e por ai afora, tendo até jornalista torcedor folclórico que categoricamente pediu fosse desfeita qualquer negociação, não queria mais a copa e muito menos a AG. O plano B era maravilhoso e muito melhor, passaram a dizer. A concorrente que apresentou o plano B passou a ser a bola da vez. De repente, não mais do que de repente .... Tudo se acomodou... e ai ... o sapo virou um principe.... quem teria dado o beijo milagroso ? Teve telão, hino nacional e um Lasier que saiu do armário depois de 70 anos com olhos marejados e coração palpitante despejou narração emotiva e comovida numa imitação provinciana do Cid Moreira ..... só falta ele também fazer um CD da Bíblia ...A AG que não enviou seu Presidente, mandou um ´representante`que lá pelas tantas ( ele estava tão despreparado para o evento que falou como veio, de improviso ) anunciou o começo das obras para 1o de abril, que além do dia dos bobos recai num domingo... magicamente se apresentou.... Mágica ?
Não existe mágica no absurdo.
Será que um dia um MISTER M irá nos contar o truque desta ?
Bom, para quem está de férias há quase 300 dias os pedreiros perfeitamente podem iniciar os trabalhos num dia como este. Domingo e 1o de abril.
Tudo estava terminado. Tudo ajustado. Um final feliz ainda que diante do descrédito desafiante do jornalista
Final feliz ? Pois é, só em 20 anos se saberá ! Será que se saberá mesmo ?
Pois nos jornais, estranhamente um anúncio de página inteira subscrito pela concorrente perdora desfila uma série de estranhos agradecimento: ao clube, ao Governo do Estado, ao BANRISUL ( logo ele que recusou as garantias .... vai entender ) à Promotoria de Justiça Estadual do Meio Ambiente ( ué ? não entendi esta, por que ? tem algo neste acerto que desafia a legislação ambiental e que houve uma compreensão que não foi a mesma com a área do Estaleiro Só ? ) e brinda aos superiores interesses da comunidade, acima até dos próprios interesses desta anunciante e ex concorrente que, claro, tem uma cúpula socialista ... estava ali só para colaborar .. anram ...viva o Barão = o importante é competir ! Of course, acabou o capitalismo !
Bem como diziam que a AG não queria mais o negócio porque não seria tão bom assim, vai ver que a perdedora foi acometida da mesma síndrome ... e se arrependeu .... como perdeu, agradeceu ....
A concorrente perdeu e agradeceu. Que boazinha !
Senhores, o futuro poderá ser Mister M .... esta novela ainda vai ter capítulos emocionantes porque nem todos os personagens dela entraram verdadeiramente no ar.
Dias Gomes não construiu o BEM AMADO pela sua imaginação: ele era um grande observador do cotidiano. Odorico sempre existiu.
@Cajosias Carlos Josias