segunda-feira, 22 de julho de 2013

Eleições: Koff no pátio? O velho e o novo

Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07. Josias @cajosias é colunista do Grêmio 100mil. www.facebook.com/cjosias.oliveira









O assunto eleições no Grêmio está às portas de acontecer. Na verdade, já acontece internamente, os grupos se organizam e passam a mirar em composições de todos os tipos. As articulações, sempre precedidas de algumas fofoquinhas, já se travam. Fulano que não quer o Beltrano; grupo ´x` que não se junta com o ´y`, e, assim, as carretas vão andando, as melancias sacudindo, umas se acomodando, outras caindo pelo caminho e vez que outra, algumas subindo no trajeto. Só nos últimos instantes é que se fica sabendo de verdade quem vai e com quem. O Grêmio dos últimos anos, em que dentro do campo não ganha nada, fervilha politicamente. Faz 11 anos que as comemorações tricolores, no Barranco, são de grupos que se revezam no poder e no CD, perdendo e ganhando e não por taças e campeonatos. As palavras de ordem são semelhantes, para não dizer iguais, em todos os grupos, e as promessas não destoam. Se buscarmos matérias de 10 anos para cá a coincidência de discursos nos reportará à atualidade. Nada mudou, diria Léo Jaime, exceto pela coerência de muito poucos e pela inutilidade de outros tantos. No mais entra mandato e sai mandato e lá vem uma bandeira: a frequência nas reuniões é o nosso alvo. Conversa para boi dormir, o conselho nos dois últimos mandatos foi renovado em 30% num e 100% no outro e a assiduidade continua pífia. O batalhão é a cara do seu comandante. Os soldados são a cara do seu General. Basta saber disto para se concluir o porquê do time não conquistar nada. Estamos desarrumados em cima, e de onde o exemplo deveria vir é que não vem, parece coisa do Barão de Itararé. Os resultados de campo também ajudam a eleger, um erro que o torcedor não percebe ou não consegue perceber. O resultado é eventual durante um período, às vezes o time vai bem, às vezes mal, em especial quando o clube enfrenta estas circunstâncias de altos e baixos. Aproveitando a o momento positivo, pontualmente positivo, os dois últimos mandatos do CD foram recheados pelo Comando de P Odone. Até Luxa renovou nesta correnteza. Deu no que deu e está dando. Koff assumiu forte em duas premissas:

1. Odone não ganhava nada e 2. Koff no passado tinha ganhado tudo. Parece que as duas premissas podem não ser falsas, mas carecem de verdade absolutas. São insuficientes, e têm se mostrado assim. Se estiver, o time, num momento positivo ( e sabe-se lá se não estará em alta no dia do pleito ) e a gestão Koff na executiva, comandaria a ´cheia` do Deliberativo. Se o time estiver como agora, vai ficar ruim. A medição continua a mesma, um contra o outro: abraçados só na foto. O Grêmio continuará se devorando. Se o momento for muito bom cresce o general e vai para o pátio, se não, dificilmente lá estará. O Grêmio enfrenta o que há anos adverti estar acontecendo que esperava findasse mas que não acaba nunca: o melhor gestor é sempre aquele que não está gestor, que nem quando se tem um time inseguro para por em campo - o que fica de fora é o que faz falta. A cada final de mandato, como não se ganha nada, muda-se o mandatário na esperança que o novo/velho seja melhor que o velho/novo.

O novo e o velho. Não é assim que se resolvem as coisas, mas o Grêmio não aprendeu isto e parece que os grupos - com as honrosas exceções de estilo - não estão muito preocupados com isto, o que os preocupa é fazer o maior número possível de conselheiros entre os seus afiliados, como se a quantidade fosse a solução. Os talentosos que restam ficam assim, soterrados pela ambição. Neste quadro e se aproximando o pleito a melhor de todas as indagações é: Koff estará no pátio ?

Abs

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