quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O Silêncio dos culpados ( O VETO A EVANDRO ). Pode não existir amanhã


Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07. Josias @cajosias é colunista do Grêmio 100mil. www.facebook.com/cjosias.oliveira












Evandro Krebs

Não tenho a menor pretensão de fazer uma avaliação ou análise sobre a trajetória de Evandro Krebs no Grêmio. Conheci-o em 1993 quando ingressei diretor jurídico no clube, mesmo ano em que, coincidentemente, Danrlei assumia a titularidade do time. Evandro já estava lá há algum tempo. Menos pretensão, ainda, tenho em analisar seus eventuais defeitos e qualidades, não tenho capacitação para julgar ninguém e todas estas questões são subjetivas e não creio que seja aqui e agora o momento oportuno de colocá-las em discussão. Até porque não é este o debate que provoco. O fato incontestável é que Evandro se destacou estes anos todos pelos trabalhos prestados ao Grêmio. E não foram poucos. Como todos os dirigentes, acertou e errou, ganhou e perdeu, fez coisas certas e erradas ... esteve ali praticando. Quem se destaca em qualquer setor cujo domínio seja político e em que predomina a paixão, à evidência, e com as raríssimas exceções de sempre, confirmatórias da regra, acaba gerando opiniões favoráveis e contrárias e não anormalmente se constitui em ser polêmico. Anotem dezenas de dirigentes do clube ao longo da história e contem nos dedos quem não for assim - as unanimidades. Já na galeria dos Presidentes isto será visível. Polêmicos, contestados, adorados, odiados, homens que dividem opiniões e sobre eles se estabelecem conceitos de toda ordem. Rafael Bandeira, Obino, Cacalo, Guerrero, Odone, e até Koff que hoje está na vidraça, deixou a vitrine, passeiam por entre criticas duras e elogios, de adversários e seguidores. É do jogo - Hélio Dourado é um destes casos à parte, me parece ser um dos INTOCÁVEIS. Dezenas de outros dirigentes se enquadraram nesta faixa dos conflitantes pelos mesmos motivos. Antonini, Antônio Vicente Martins, Krieger .... não conheço um apático, um omisso e ou oculto que gere conflitos de opiniões. Só quem se destaca é que gera e desperta opiniões de todos os tipos. O grupo do jurídico de 1993 virou o Grupo Grêmio Imortal, do qual eu fui fundador, e Evandro também. Grupo que nasce com Koff e Cacalo. Muitos anos depois este grupo se dividiu. Evandro seguiu com a parte dissidente e fundou o Movimento Grêmio Vencedor. Eu fiquei no Imortal e depois me desliguei do grupo e da vida política do clube. Evandro continuou. Evandro fez de tudo, foi perito judicial, diretor de futebol, compôs a Grêmio Empreendimentos e hoje, sabem todos, está trabalhando na operação troca de casas. Evandro se tornou polêmico, articulista político, sempre se expondo, natural que no avançar do tempo conquistasse amigos e inimigos, ou companheiros e adversários. Eu mesmo enfrentei sérias divergências com ele e algumas discussões acaloradas, e pelo menos por duas vezes chegamos a dar um intervalo nas relações amistosas. Evandro agia hiperativamente no meio político do clube. Em 2003 como diretor de futebol dispensou Danrlei. Acertou ? Errou ? Não cumpre aqui avaliar, o fato é que dispensou.

Desimporta, neste contexto, quem goste ou não dele, o que releva é o exatamente esta sua performance na agremiação.

 Danrlei

O jogador tem toda a minha admiração, já o traduzi em Lara contemporâneo e pedi como conselheiro lhe fosse concedida, em 2001, uma láurea, negada pela gestão da época e só recentemente entregue. Um ídolo. Dediquei a ele uma coluna = Um ídolo forjado à garra, coração e coragem! Uma lenda que originou um time mitológico. Um ´LARA` contemporâneo.

Está lá:


Nada mais a acrescentar sobre ele.

Danrlei entra no cenário político do clube muitos anos depois da dispensa e tem o sonho, legítimo direito, de exercer política clubística e até de ser Presidente. Direito dele. Diria até mais, ótimo. Ainda sem poder concorrer diante de não poder cumprir requisito mínimo para tal, tempo de associado, Danrlei se junta a grupos políticos do clube ( que dele se servirão muito mais, pelo caminhão de votos que irá oportunizar fazer, do que vice versa ) para a eleição ao CD que se realizará em breve. Ao ser o ´centro` das atenções deste grupo Danrlei VETA o nome de Evandro Krebs, partícipe de um dos movimentos da aliança. Dizer o que disto ? Não me atrevo a dizer nada. Danrlei é conhecido, homem de temperamento e personalidade forte, atitudes até previsíveis pelos seus precedentes. Tirar a razão dele ? Não, suas convicções pessoais não estão em debate aqui também. Ferido em seu orgulho de ter sido "saído" do clube que era apaixonado é compreensível pensar: tinha o direito também de fazer o que fez. Vingança clara.
Também aqui não vou ingressar no mérito e também aqui digo que a questão não é esta que efetivamente interessa.

Então o que interessa, ao menos a mim é o que é relevante ?

O silêncio dos culpados, os corajosos e o amanhã
  
Evandro ser polêmico, nenhuma novidade no meio. Danrlei ter tomado a atitude que tomou ( vingativa, é verdade ), também considero normal, somos todos humanos com nossos defeitos, qualidades, ressentimentos e orgulhos. Mas o que me intriga então ? O que me intriga é a questão institucional. Evandro fundou e ajudou a construir o Grupo ao qual pertencia e mais do que isto, fazia parte de uma nata seleta de ativistas do clube que por ele trabalhava com vigor e persistência. Muitos que estão no clube hoje, e principalmente no grupo em que estava, foram carregados no colo por ele, levados pela mão por ele, e lá estão, para o bem e ou para o mal, graças as diretas intervenções dele. Grupo político é parceria, é lealdade, é companheirismo, ou deveria ser, na dor e na alegria: um casamento de ideias e ideais. Pois onde se meteram estes parceiros, estes amigos, estes companheiros, na hora do veto ? Enfiaram aonde seus rabos ? Houvesse lealdade, e HONESTIDADE, aqueles ( todos, na verdade ) que diretamente a ele deviam algum tipo de solidariedade deveriam levantar e dizer: então também estou fora. Não fizeram porque se acadelaram, se acovardaram e ou tiveram medo, receio, de perderem a continuidade do lugar que perseguem. Os interesses pessoais acima do Grêmio, como sempre. Apertaram o botão do ´te f ...`. No interior isto tem nome definido, e é de peixe.

Pior, Senhores, este veto ameaça a instituição não apenas este ou aquele covarde que se acadelou e virou às costas para Evandro. Tenho comigo que tem dois tipos de corajosos. O louco, que diz o que tem que dizer olhando no olho para quem vai dizer e o covarde ...sim o covarde, porque meter um punhal nas costas de outro é ato de muita coragem.

Eu sou um louco

Abre-se um precedente perigoso. Querem ver ? Renato é o maior ídolo da história do clube. Se tiver o pensamento ou sonho de construir no futuro uma carreira política no clube, o que será legítimo .... abre o olho Rui Costa e Chitolina porque PODE NÃO EXISTIR AMANHÃ !

Abs.


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