Mais de 35 mil gremistas foram responsáveis pelo espetáculo nas arquibancadas do Olímpico Monumental, na noite de hoje. Com a decisão revogada poucos minutos antes da partida, a torcida pode usar seus instrumentos e bandeiras, atendendo ao pedido de Renato Gaúcho, de lotar o estádio. Dentro de campo, enfrentando o Universidad Católica, do Chile, pelo jogo de ida das oitavas-de-final da Libertadores, a equipe não pode contar com Victor e Lúcio lesionados e Rodolfo suspenso.
Se começamos bem, com bola na trave, tudo veio a baixo aos 28 minutos, com gol de Pratto. O juiz, sem nenhum critério, fechou os olhos para muitos lances e quis deixar o jogo correr. Mas tudo isso poderia ficar pior, e ficou. Aos 34', Borges deu uma cotovelada no zagueiro Henríquez e acabou sendo expulso. Em uma infantilidade, o centroavante prejudicou seu time e culminou, dessa maneira, sua série de atuações ruins. Se o Grêmio já sofria com a perda de Jonas, vendido, e André Lima, lesionado, tudo piorou com sua saída. Já sendo derrotado e precisando atacar, o time sofreu com a falta de opção no ataque e a desigualdade númerica em campo. Se parecia que a falta defensiva, devido aos desfalques, seria o pior, o que se mostrou foi um apagão geral, no time todo.
No segundo tempo, as modificações não foram tão sentidas, saiu Magrão e entrou Lins, mas as oportunidades não apareciam. O empate chegou na superação de nosso camisa 10, Douglas, com um belo gol à longa distância. Mas o Tricolor não resistiu, e novamente Pratto marcou, aos 29 minutos. Renato ainda tentou avançar o time, com a entrada de Escudero e Carlos Alberto, vaiado no fim da partida, mas tudo sem efeito. O time parecia desligado, como em um apagão geral, onde as mais diversas peças da equipe não responderam ao sinal da torcida, que gritou incessantemente.
Com os 2 a 1, o caminho na Libertadores ficou complicadíssimo. Já que, o próximo jogo acontece fora de casa, no Chile e antes disso ainda temos um Grenal pela frente. Devo segurar a minha vontade de falar sobre meu pessimismo, a minha revolta e desejo de largar tudo. O aperto no peito é grande para falar palavras mais realistas do que fanáticas. Mas se nós, gremistas, não acreditarmos no time, quem acreditará? Não espero isso dos torcedores chilenos e colorados. Espero apenas pelos jogos ainda não jogados. Grêmio, por que você não me cala?
Alessandra Formagini