Certa vez a FGF iniciou o Charmoso Gauchão com uma bola, novidade,
diferente, de estampa bonita. Se constatou no Grêmio, nos primeiros jogos, que
a bola não prestava. Eu estava na direção. O Grêmio pediu um parecer técnico e
foi dado apontando diversos defeitos no ´balão de couro`. Enviou à FGF e ele
deve ter parado em algum lugar impublicável. Em meio ao campeonato, fui num
programa de TV, o Cadeira Cativa, do Reche, naquela época na TV Guaíba.
Convidados, junto comigo, o Fernandão, então camisa 9 do Inter, Fernando
Carvalho e Wesley Cardia, então no MKT da FGF ( sim o mesmo da ISL e parceiro
de condenação do Ex-Presidente Guerreiro, trabalhou no Grêmio na década de 90,
em 97 foi contratado pelo rival e recebido com pompas, saiu em silêncio e parou
na Federação ). Wesley levou a bola e discorreu uns 5 minutos sobre o produto
espetacular que a FGF tinha lançado: a bola. Fernandão esperou ele terminar,
pegou a bola na mão e disse: esta bola não presta ....
E passou a elencar os defeitos que ela possuía, todos tal qual o
parecer que enviamos, jogou a bola no chão, chutou, bateu com a mão nela e
terminou: esta bola não é para futebol. Fernandão terminou, virei para o Wesley
e perguntei o que eles haviam feito com o parecer que o Grêmio havia enviado.
Ele ficou gago no primeiro momento, depois mudo, no intervalo foi embora não
sem antes dizer que levaria ao Presidente o reclamo. A bola nunca mais foi
vista. Vou omitir a marca da bola por uma questão apenas de consideração com a
marca que não tem culpa, penso. Mas ela não prestava, por exemplo, para bater
um "penalty".
Perceberam, amados mestres !
Somos todos paranoicos.
Saudações tricolores