Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07
Quando fora vai mal dentro não vai. Há quinze anos há revezamento no
poder por grupos. Todos fracassaram com as suas fórmulas milagrosas que sempre
são acenadas quando o outro está governando e fracassa. Sempre que uma situação
começa a perder, o que já foi e perdeu entra em ação. O oportunista de hoje é o
governo de amanhã. E assim caminha o clube.
É como jogador ruim, sempre o do banco é melhor.
Ocorre que os grupos que se revezam no poder são os mesmos, não muda
nada, filosofia, nomes, nada. Para o lugar do RB hoje - ele até que foi uma
novidade - tem os mesmos de sempre, os mesmos que já estiveram e não
resolveram. São os burros da parábola da pastagem, um puxando para cada lado.
Não miram o bem do clube miram o poder. Ai nada dá certo. Prova disto ? Pacheco.
Sempre foi um serviçal, um segundo homem, inventado pelo Cacalo, que era
excelente, ele funcionava muito bem. É como tu teres na tua empresa um
funcionário carente de talento mas que faz serviços pequenos como ninguém e não
te rouba, é de confiança. Pacheco, por ser aposentado, acaba arraigando
simpatia porque tem tempo para se dedicar ao clube. Depois de 1998 quando
acabou a era boa e ele dava certo assim, a maioria dos governos, a partir de
Odone no final de 2007, passaram a usar de sua ´experiência` nada sábia e
colocaram ele em lugares chaves, fracassou em todos, até no MKT ele teve, e no
centenário, imaginem, um horror, se elogiava dizendo que vendia a marca Grêmio
- esta marca meu cachorro vende. Atualmente vazou que teve a capacidade de
dizer aos atletas numa roda de que tinham ciúmes dele pq era o dirigente que
mais tinha viajado no clube ... pasmem. Que título. Amorfo e apático no cargo,
sem iniciativa pq desprovido de talento, Pacheco foi engolido por Rui Costa que
na verdade foi forçado a comandar diante da omissão do seu comandante. RC agiu
por necessidade. Não pode dar certo. Estou citando o nome do Pacheco porque é o
cara do futebol hoje, mas ele não está só. Em 2007 quando saí da dirigência (
fui diretor de 93/98 quando saiu nossa
equipe e entrou Guerreiro, e voltei em 2005 ficando até 2007 - o Grêmio que
conheci vitorioso acabou ali, de lá para cá só um Gauchão em 2010 com Duda ano
em que sai do CD, diga-se de passagem ) eu vislumbrava um cenário futuro do
tipo, Grêmio sem renovar dirigentes e vivendo do passado. Larguei ali, embora o
determinante tenha sido o estado de senilidade do Odone que inventou Brito
Presidente e ele queria ir para a Grêmio Empreendimentos ( a tal da empresa que
negociou com a OAS e ai paro de falar sobre isto e o contrato Arena ). Deixei
de dirigir e em 2010 fui pra casa larguei o CD.
De lá para cá fui exatos 3 jogos na ARENA.
Bem, o problema do Grêmio é que não se deu conta que para que o passe
do Douglas dar certo e chegar no Bobô ou no Bolaños para que eles façam gol não
começa num coletivo ou num treino.
Começa no vestiário. O gol começa a ser construído fora do gramado.
Não adianta mudar e revezar nomes. Tem que mudar e revezar conceitos.
Simples, indaguem a qualquer um que entenda de planejamento
estratégico e ele te dirá:
1. Se o fulano é bom em futebol, coloca ele no futebol
2. Se o fulano é bom em MKT, coloque ele em MKT
3. Se o fulano é bom em finanças, coloque ele em finanças
.....
Não adianta por o cara bom de caixa no futebol e este na caixa, que
podes contratar quem tu quiseres que dá errado. Foi-se o tempo que se tinha
Pelé e Garrincha e que treinador e dirigente podiam dormir no treino e
perguntar no fim do jogo de quanto ganhamos.
Os grupos têm de pensar mais no clube e menos no poder ao bom estilo
grêmio literário de pátio de colégio. Prova do revezamento de Fracassados está
no reaparecimento de Odone e Chitolina ( Pacheco não é pior do que este) e não
duvidem que Chito comece a desfilar pelas rádios doutrinando sobre o ramo.
É isto abs