sábado, 9 de janeiro de 2016

Copa Sul Minas irá salvar os clubes grandes




O calendário dos grandes clubes brasileiros era, há três anos, dividido da seguinte maneira: no primeiro semestre, os clubes disputavam a Libertadores ou a Copa do Brasil e mais o Campeonato Regional. Ou seja, todos os clubes tinham partidas decisivas e lutavam, pelo menos, por duas taças. No segundo semestre, os clubes disputavam o Brasileirão (início em maio) e a Copa Sul Americana.

Nos últimos anos, no entanto, a rede de TV que detêm o controle do futebol brasileiro acabou perdendo os direitos da Copa Sul Americana para a Fox Sports e "se obrigou" a mudar de maneira drástica o nosso calendário. Com a mudança, claramente para diminuir a Sul Americana, o primeiro semestre "perdeu" a parte quente da Copa do Brasil e ficou sem jogos decisivos e com expressão na primeira parte do ano.

Resumindo, o primeiro semestre virou um problema para os clubes grandes que não disputam a Copa Libertadores. Foi assim com o Grêmio em 2015 e foi assim com o Inter em 2014. O Grêmio, no ano passado, enfrentou somente um clube grande (o Inter) até o início do Campeonato Brasileiro. O Inter, neste ano, tirando as partidas da Copa Flórida durante a pré-temporada, não precisará enfrentar apenas o Grêmio de equipes da sua grandeza no primeiro semestre. Isso, claro, graças à organização dos clubes, que está tentando salvar o absurdo que transformaram o primeiro semestre do calendário do futebol nacional. A Copa Sul Minas irá salvar o Inter e outros grandes já em 2016.

Não se pode diminuir essa iniciativa. Não se pode virar as costas para os motivos que levaram os clubes a faturar tanto dinheiro com sócios nos últimos anos.

É simples. Imaginem o seguinte: Grêmio ou Inter (ou ambos) fora da Libertadores e jogando apenas o Campeonato Gaúcho e suas 19 datas. Dessas datas, considera-se a metade dos jogos dentro de casa. Ou seja, nove ou dez. Os milhares e milhares de sócios da dupla Gre-Nal teriam de janeiro a maio somente esses jogos para assistir. O Gauchão é fundamental para os nossos clubes. Mas não pode ficar "sozinho" neste primeiro semestre. Você acha que eles seguiriam pagando? Vocês acham que o produto Gre-Nal seria o mesmo?

No futebol, antes de tudo, é preciso saber por que se ganha e por que se perde, dentro ou fora do campo. Os clubes, neste momento, estão fazendo valer este ditado.
 

 
 
 
César Cidade Dias
Ex-Conselheiro e ex-Diretor de Futebol do
Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense
 
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domingo, 27 de dezembro de 2015

TIREM AS CRIANÇAS DA SALA, A PROGRAMAÇÃO É ESPORTIVA

Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07









O nível de alguns jornalistas é de arrepiar.
O linguajar de pátio de presídio mostra como quem, a pretexto de opinar, forma opinião. Não faltará alguém para dizer: ele revidou. Revidou o que ? Uma frase simples de um leitor simples que lhe fez uma pequena observação simples, desimporta se equivocada ou não. Como comentarista de arbitragem ele já opinou dezenas de vezes pela expulsão de um jogador que revida.

WC, “O Escatológico”, no Sala, que deixei de escutar porque está insuportável, tem mais palavrão na boca que flores num jardim.
E agora este mocinho que ´se diz jornalista` lecionando conceitos com vocábulos próprios do baixo mundo. Interessante é que ele comenta arbitragem e mal fez um cursinho célere, seria de se perguntar o que ele faria se botassem um apito na sua boca - ele deve ter partido dele mesmo para concluir o que o leitor faria.

Não estou sendo moralista, estou apenas referindo que há formas decentes de se falar de futebol.
Lamentável.

Para não avançar mais.

Saudações
 
 
 
 
 
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

TROFÉU CABRITO(*), OS PROFISSIONAIS

Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07










1. O Pagador De Cabritos é o maior ibope dos fakes da periferia. De Assessor do Argel a Vereador foi injustiçado ao não ser contemplado com o prêmio Press, faltou quórum de perfis falsos na votação. Em 2016 concorrerá a uma versão paralela do Pulitzer conhecido internacionalmente como Power Shirt.

2. Tirem as crianças da sala, vai falar o publicitário de Tayson, melhor que Messi. 40 anos depois declarou que o ridículo nocaute levado num estádio do interior teria sido (ahahahah) simulado em favor da categoria como forma de protesto. Versão Barney de Chapolin, o Rei dos Disfarces elevou Damião a melhor centroavante do mundo e o destronou decretando, nunca jogou futebol. Palavrão na boca dele é flor em jardim.

3. O criador de ambientes inventou uma agência de empregos que torna bilionário o cliente. Ele arranja e decora a sala para o cara ir pra China fazer ou aumentar fortuna. Pô, me põe nesta. Um anjo diabólico de resultados estupendos. Um Pavarotti dos Recursos Humanos.

4. A Guaíba levou o "cara". Tentaram tapar o buraco com o biscuit repórter que tentou narrar. Não deu. Contrataram dois: um fazia 20 anos que militava na TV, não narrava. Ótimo para ´rádio mudo`, afinal se o cinema foi por que a rádio não teria sua versão retrô ?

5. Os Chicos não foram destaques, nem o Colorado nem o Gremista. Não chamaram a atenção. Continuaram como antes. Isentos com tendências e de performances apáticas. Aposto que nem se lembravam do segundo. O primeiro ainda diverte sem falar, o outro fala, dizem, mas ninguém ouve. Um não apita nada, outro não comenta. Tipo carta de mão ruim, uma não grita e a outra não escuta. Continuam passando ´sem acontecer`, tipo Matias o Espetacular.

6. O Woody Allen tupiniquim passou o ano entre San Juan e Mendonza. Não fedeu. Como a candidata.

7. Os Kajurus terminaram o ano como começaram. Palhaçadas sem graça, mas estão no circo de lona em meio ao aguaceiro.

(*) LHB não pontuou.

Com desculpas aos ausentes no Clube dos 7 um brinde em favor de quem faz Jornalismo com seriedade. Entre tantos e com muitos que não caberiam na postagem, Carlos Guimarães, Marco A. Pereira, Igor Póvoa, Luciano Périco, Gabardo ... me representam. Muita saúde a Caco Barcelos, o Rei dos Reis, este não cria ambientes, ele vai até a China !

Saudações Tricolores


 
 
 
 
 

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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A HISTÓRIA DO PROJETO TRI - UM BAIRRO AZUL, PRETO E BRANCO

Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07









A ideia da criação do projeto surge em meio ao acompanhamento da transformação dos bairros de entorno da Arena por Evandro Krebs (*) quando era Vice-Presidente da Grêmio Empreendimentos nas fases de desenvolvimento e aprovação de projetos, audiências públicas para obtenção dos licenciamentos, início das obras e etapa final de recebimento e vistoria final do estádio. Foi por estes anos todos junto da comunidade, e por um passeio em La Boca, que ela - e por ele - ideia, de criação de um trabalho social dirigido pelo Grêmio, nasceu.
As primeiras reuniões se deram ainda no 1º ano da gestão Koff.

No movimento politico (*) do clube, onde passou a militar, a ideia foi levada e debatida, resultando na proposta de criação de um Departamento de Responsabilidade Social. Durante o período eleitoral da disputa Bolzan X Bellini, a proposta foi levada aos 2 candidatos mirando a criação do DRS (Depto. de Resp. Social).
Ao se definir pelo apoio à atual gestão houve o convite para apresentar um projeto de responsabilidade social para o Grêmio. Foram realizadas 2 assembleias com todas as entidades da comunidade e iniciado o debate sobre responsabilidade social.

De Buenos Aires e do bairro La Boca vem a vontade de ter um espaço do tipo, Tricolor.
A ideia do bairro Azul, Preto e Branco deu um entusiasmo tão grande que de pronto o projeto foi apresentado ao presidente RB, que apoiou totalmente o desafio e se comprometendo publicamente, passou a ser um Projeto de Gestão. O Projeto foi autorizado e integrantes do mesmo grupo, como Giovanni Forneck e Alexandre Mayer (*), abraçaram a causa com a paixão que ela tinha que ser abraçada. De 1/2014 a 06/2015 o grupo se envolveu no projeto da criação do DRS e o bairro Azul, Preto e Branco.

Foram eleitos neste período 2 delegados do Grêmio para o orçamento participativo (Giovanni e Alexandre). Isto aproximou e integrou o clube da comunidade. Em junho o Grêmio anuncia a criação do DRS. De junho a setembro foi intensificado com a comunidade a construção do projeto do bairro Azul, Preto e Branco.
Neste período foi criada a cota social da Arena para moradores assistirem os jogos do Grêmio como convidados. A cota é de 100 moradores, sendo que são 20 entidades que indicam 5 pessoas por jogo, mais uma cota de crianças que entram com os jogadores dentro de campo. O diálogo com a comunidade transforma o projeto bairro Azul, Preto e Branco em Projeto Comunidade TRI. Em setembro, na semana de aniversário do Grêmio, foi lançado o projeto Comunidade TRI. O projeto tem ações de empreendedorismo, cultura, entretenimento, gastronomia, educação, criação de cooperativa para reciclagem de lixo, implantação de uma praça de artesanato, rua de bares e restaurantes, centro cultural, escolinha esportiva e pintura das casas mediante cadastro, autorização e estudo arquitetônico feito por estudantes de arquitetura conveniados.

Está sendo concluído convênio para criação da Universidade TRI de empreendedorismo.
Foi assinado contrato de parceria social com as Tintas Renner para a doação de tintas a serem utilizadas na pintura das casas da Comunidade TRI.

Para os moradores torcedores de outros clubes, oferecemos um projeto de revitalização com as cores branco, preto, cinza e dourado (cor da estrela da bandeira do Grêmio).
Em 11/12, foi anunciado o 1º Mutirão da Comunidade TRI, com o objetivo de pintar as primeiras 50 casas da comunidade, além de áreas públicas e meio-fio.

O Grêmio forneceu o projeto, material, equipamentos e os próprios moradores pintam suas casas. As praças e meio-fio ficam sob responsabilidade das torcidas organizadas, trabalhando juntas.
Este é o passo a passo do que já foi feito. Não há previsão nem pressa para conclusão da pintura; importante que avance com o apoio total da comunidade, no seu tempo de pensar e aderir.

Tri - de três cores, Azul, Preto e Branco. Três Bairros, Farrapos, Humaitá e Navegantes. De Tri-legal.
(*) Observo que, nenhum dos nomes que citei são conselheiros do clube; o Movimento é o Multicampeão;  passei a vida dizendo que a honra era ser GREMISTA, não conselheiro, e que ninguém precisa ser conselheiro para ajudar o Grêmio; por isto quando vejo um bando de corneteiros que nunca fizeram picas pelo clube passarem o tempo inteiro metendo o pau em tudo fico pensando = levantem a bunda da cadeira, tirem os dedos dos teclados, e guardem sua voz para algo proveitoso ao tricolor.

Saudações Tricolores.
 

 
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