sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

DA SÉRIE "CAUSOS DO FUTEBOL". A BOLA, FERNANDÃO E O PROTECIONISMO DA FGF. SOMOS TODOS PARANOICOS

Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07
 
 
 
 

 


Certa vez a FGF iniciou o Charmoso Gauchão com uma bola, novidade, diferente, de estampa bonita. Se constatou no Grêmio, nos primeiros jogos, que a bola não prestava. Eu estava na direção. O Grêmio pediu um parecer técnico e foi dado apontando diversos defeitos no ´balão de couro`. Enviou à FGF e ele deve ter parado em algum lugar impublicável. Em meio ao campeonato, fui num programa de TV, o Cadeira Cativa, do Reche, naquela época na TV Guaíba. Convidados, junto comigo, o Fernandão, então camisa 9 do Inter, Fernando Carvalho e Wesley Cardia, então no MKT da FGF ( sim o mesmo da ISL e parceiro de condenação do Ex-Presidente Guerreiro, trabalhou no Grêmio na década de 90, em 97 foi contratado pelo rival e recebido com pompas, saiu em silêncio e parou na Federação ). Wesley levou a bola e discorreu uns 5 minutos sobre o produto espetacular que a FGF tinha lançado: a bola. Fernandão esperou ele terminar, pegou a bola na mão e disse: esta bola não presta ....
E passou a elencar os defeitos que ela possuía, todos tal qual o parecer que enviamos, jogou a bola no chão, chutou, bateu com a mão nela e terminou: esta bola não é para futebol. Fernandão terminou, virei para o Wesley e perguntei o que eles haviam feito com o parecer que o Grêmio havia enviado. Ele ficou gago no primeiro momento, depois mudo, no intervalo foi embora não sem antes dizer que levaria ao Presidente o reclamo. A bola nunca mais foi vista. Vou omitir a marca da bola por uma questão apenas de consideração com a marca que não tem culpa, penso. Mas ela não prestava, por exemplo, para bater um "penalty".
Perceberam, amados mestres !
Somos todos paranoicos.
Saudações tricolores
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