segunda-feira, 30 de setembro de 2013

BR'13 - São Paulo 0 x 1 Grêmio - Vitória feia também vale 3 pontos


Quem disse que time que joga de uma maneira mais defensiva durante quase todo o tempo não pode sair com a vitória? É o nosso tricolor quebrando todos os paradigmas e regras do futebol e vencendo mais uma no brasileirão.

Os críticos e jornalistas, principalmente do centro do país, irão argumentar que a vitória não foi justa, que o São Paulo foi superior o tempo inteiro, que atacou mais, que merecia melhor resultado, etc. Bom, não dá pra questionar eles totalmente, dizer que eles estão completamente errados, que é perseguição, que é o ódio mortal que os colorados e o resto do país nutrem pelo imortal (ódio mortal pelo imortal, beleza de trocadilho).

Com certeza, tivemos uma mistura de sorte com competência defensiva e um aproveitamento eficiente das poucas chances ofensivas (de relevante de jogada de ataque basicamente só o gol). Se os paulistas tivessem empatado o jogo e virado, gremista nenhum se atreveria a dizer que foi uma injustiça, que o time merecia um resultado positivo e tal. Não teria como. A vitória foi um achado. Brilhante achado. Brilhante Vargas. Não pode mais sair do time de jeito maneira.

O time entrou acuado, o esquema com três atacantes que teoricamente deixaria o time mais ofensivo não está funcionando como deveria. Os atacantes continuam indo buscar a bola no meio de campo quando deveriam ficar esperando as bolas serem alçadas a eles pelos meias. Mas o que esperar de um time que é escalado sem meias? Pelo menos não de ofício? Cadê nosso Zé em campo? Ou então o Elano, que não supera o primeiro, mas pelo menos tem um passe mais qualificado que os titulares de agora?

Hoje deu certo, a rodada foi positiva, voltamos aonde nunca deveríamos ter saído. Segundo lugar honroso e com ótimas chances de permanência, pois um Fogão em crise e um Furacão perdendo em casa não se mostram como graves ameaças ao Grêmio.

Mas título, melhor nem pensar nisso, porque tirar a diferença que o Cruzeiro impôs se mostra quase impossível. Nem nosso rival conseguiu a façanha de vencê-los. Pior, perdeu em casa e aprofundou sua crise. Acho que o melhor é ir jogo a jogo e se firmar no G4. Caso a raposa comece a tropeçar, dá de se pensar em algo mais ambicioso.

Marcus Reis @popgremista

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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Podia ter sido mais

Podia ter sido mais, podia ter sido bem melhor. O segundo tempo do Grêmio merecia um resultado melhor que o 0 a 0. Podem comentar o que quiser, mas ficou barato pro curintia não sair derrotado. No primeiro tempo, eles até podem ter dominado, com maior posse de bola, sufocando o Tricolor no campo defensivo, enfim. Mas não foi um predomínio napoleônico, daqueles de arrasar quarteirão, incontestáveis.

O que se viu foi um Emerson sheik querendo ser sultão de um emirado árabe. Mandando no jogo, cavando faltas, se atirando, fazendo intrigas, enfim, insuportavelmente chato. Daqueles jogadores tipo o d’alessandro, que dá vontade de invadir o campo e quebrar a cara (perdão pelos arroubos de violência, sou ativista do pacifismo e nunca faria isso).

Nossa sorte que, apesar de ser contra um time paulista preferido da imprensa brasileira, que sempre é ajudado pela arbitragem, ontem nosso imortal não foi prejudicado. O juiz não gostava muito de marcar faltas, deixava o jogo correr, às vezes até exageradamente, mas tudo bem, deixou o jogo correr, ok. A partida estava truncada, dois times que marcam muito, compreensível até.

Mas o nosso Grêmio merecia melhor resultado. O segundo tempo foi de predomínio do tricolor, o Vargas comeu a bola ontem. Aquela falta que ele cobrou tinha que ter entrado, aliás, eu nem sabia que ele cobrava faltas, foi uma boa surpresa. Porém não podemos lamentar pelo que não aconteceu. Simplesmente faltou competência para o setor ofensivo trabalhar melhor a bola e transformar o domínio tático em gols.

Só resta aos torcedores gremistas o apoio incondicional ao clube. É a hora de mostrar todo nosso amor e invadir a Arena no segundo jogo pra quem sabe na base do grito, alcançar a classificação. Não vai ser moleza, um gol fora de casa seria uma grande ajuda. O empate em zero é enganoso, parece ser uma vantagem pra jogar em casa, mas acaba se tornando uma pressão pro time fazer logo o resultado necessário. E o Timão vai entrar livre de responsabilidades, leve, sem pressão, afinal, quem precisa mostrar qualidade no ataque é o tricolor gaúcho.

É a confiança na tradição copeira do nosso Grêmio que nos motiva a lotar nossa casa no jogo da volta e mostrar quem manda aqui. Oxalá que isso realmente aconteça e que a crônica da segunda partida seja de euforia com a classificação.

                                                                                                Marcus Reis @popgremista
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domingo, 22 de setembro de 2013

Será que a empatite mudou de lado?

Não é nada legal a pergunta acima, afinal a diversão contida nela era o tirar sarro dos coloridos pela campanha do time deles no Brasileirão: uma vasta coleção de empates. Eles podem até ser bons em jogos difíceis fora de casa, onde o que se espera de mais provável é uma derrota e ele surge como uma salvação. Mas quando eles se tornam constantes e surgem em jogos em casa ou contra adversários visivelmente mais fracos, o sinal de alerta tem que ser acionado pois há algo errado por aí.

É o que está acontecendo com nosso Tricolor agora nesse começo de returno. Não precisa ser um baita entendido em futebol pra perceber que o time não é 100 por cento eficiente em todos os quesitos e que o elenco é autossuficiente, com peças de reposição para todas as funções. Há deficiências gritantes que podem ser fundamentais em uma eventual perda de titulo ou de não conseguir a vaga pra Libertadores 2014.

Porém, o espírito de superação e raça que estava sendo muito bem implantado pelo Renato parece que está arrefecendo. O time não é mais o mesmo, percebe-se uma falta de vontade no ataque, as pernas pesam, o time fica frágil, previsível de ser marcado, os chutes a gol escasseiam e com eles também mínguam nossas chances de um futuro melhor na tabela. Ou o gol que o Gladiador perdeu no final pode ser explicado como? Foi de causar desespero aos torcedores ver o cara dominar a bola no peito totalmente livre e não ter forças pra mandar a bola pra rede. O inacreditável futebol clube está perseguindo o time, hora de dar um balão e mandar essa zica pra longe. Se isso não acontecer logo, há a grave e iminente chance dos planos iniciais do “pojeto” do professor Renato (com o perdão do uso do bordão adorado pelo Luxa) não sair do papel e o time ficar no ostracismo do meio termo: nem título, nem G4 nem rebaixamento, apenas vaga na sul americana que é muito pouco pra grandeza do nosso Grêmio.

Por isso, é hora de acordar Renato: a gordura acumulada pra queimar já incendiou, não cabe mais ao time empatar com times derrotáveis como o Vitória da Bahia. Claro que não é desprezível o erro terrível de arbitragem que roubou os 3 pontos do Tricolor, mas o time tinha totais condições de superar isso e ganhar o jogo e chorar pelo leite derramado não vai nos devolver o resultado positivo, até porque os juízes são ruins mesmo, para todos os times e em basicamente todos os jogos. Que vacinem o time logo dessa empatite maldita antes que seja tarde.

Marcus Reis @popgremista
 
 
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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Entre chutes e votos, o surreal e o lógico aparecem



Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07. Josias @cajosias é colunista do Grêmio 100mil. www.facebook.com/cjosias.oliveira










1. Sempre que me perguntam se a política interfere no futebol - e a indagação se refere à época do ano contida no Estatuto para os pleitos no clube - digo que se há interferência esta é positiva - faço isto em tom de brincadeira, mas já repararam que coincidentemente nestes períodos o time entra em ascensão ? Parece um paradoxo, beira ao surreal, mas há quem sustente, sei lá se com ou sem razão, que há uma injeção vitaminada nos atletas nestas ocasiões. E, aí, a situação fica boa.

1.1. Seriamente, entendo um erro estatutário - e fui voto vencido na comissão neste item também, não foi o único que me contrariou, mas enfim, é do jogo - as eleições não ocorrerem como nos moldes anteriores, ou seja, em data posterior ao ultimo jogo oficial. O argumento dos que entendem correto o sistema vigente é o de que a direção que assumirá no futuro terá mais tempo para pensar o time .... só que isto serviria para a eleição Executiva ( e é discutível ) mas não para a do CD.

1.1.1. Interferir, de verdade, no vestiário, não acho que interfira. Mas balança as pilastras políticas do clube, divide a torcida e tumultua a direção em especial a que se integra ao pleito - contra o que também me desagrada, o chefe da Executiva deveria ser um Estadista, mas exigir isto do G ... só daqui a 50 anos e ninguém parece disposto a mudar, a modernizar o clube neste sentido.

2. Em meio à campanha surge uma chapa cuja estampa principal não são propostas nem planos, e sim o nome de um ex-atleta, que sequer concorre porque nem tempo de associado tem, e o atual Presidente, que, de verdade mesmo não integra nenhum dos grupos e já afirmou emprestar apoio para outra chapa que mesmo que seja de situação, gostem ou não, entre si, numa eleição múltipla, à evidência, são concorrentes. Será engraçado ver o Presidente no pátio pedir votos para as duas. Ei, você ai, vote nesta ou naquela .... Fosse isto no Afeganistão diriam ... que doideira ! Pior, esta chapa em favor do ex-atleta, que sequer concorre, mas que dá votos, enfiou uma faca no peito de um companheiro de anos, vetado pelo ídolo - e que, PASMEM, é homem direto de confiança do Presidente - o mesmo que a apoia - para as questões ARENA/ENTREGA OLÍMPICO.

Surreal.

A facada está em

http://www.correiodopovo.com.br/blogs/hiltormombach/?p=27351

Na minha terra isto tem nome, e de peixe. O nome da chapa está errado ou sofre de problema de grafia .... deveria ser FACA NO PEITO.

Bem, enfim, o número 1 desta chapa na última vez que concorreu também era número 1 na sua chapa de então, só que o pátio dele no dia da eleição foi na França, em Paris, onde se refugiou. Onde estará no dia desta ? Mais interessante ainda, o seu número 1 contrário, ou seja, da chapa adversária daquela vez, hoje trocou de lado ..... pela milésima vez no clube .... SE SE HAY GOBIERNO SOY A FAVOR... hoje está ao lado de El Facon.

Surreal.

3. Renato comparou a campanha do G com a do Barça. Eu sabia que a mídia afoita ia dizer que ele estava comparando os times. Ele, contudo, foi muito claro, comparou apenas a campanha, número de jogos e pontos. Em meio a um programa de inicio de tarde veio o debate e a previsível chacota sobre comparar - o que ele não fez - o G ao Barça. Mandei um torpedo amigo ao amigo. Já tinha tuitado antes. Perguntinha óbvia, tirando o Real Madrid e o Barça o Campeonato Espanhol possui times melhores que os dez primeiros do Brasileirão ? Resposta evidente = não ! Então, senhores, fazer a campanha que o Barça faz na Espanha, é muito mais difícil aqui .... trocando em miúdos, o Barça talvez não repetisse aqui o que faz lá, e o G provavelmente lá faria até melhor, considerando o trajeto comparativo.

Isto é tão verdadeiro quanto se dizer que é muito mais difícil ser campeão aqui do que lá. Mesmo com a campanha aqui, que o Barça fez lá, a chance do G ser campeão aqui é muito menor do que qualquer um que, lá, o faça.

Surreal ? Não, lógico

Mas cada um vê aquilo que lhe interessa, diria Luigi Pirandello.


abs

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domingo, 8 de setembro de 2013

BR'13 - Grêmio 3 x 2 Portuguesa - Baita alívio

Foi dessa maneira que devem ter ficado todos os gremistas desse mundo: aliviados. Não tem outra sensação que possa explicar o que aconteceu com nosso Tricolor nesse final de semana. O que foi o jogo? Primeiro tempo truncado, o time pressionando mas sem efetividade nas conclusões, a Lusa, como se esperava, fechada, tentando apenas os contragolpes e um zero a zero teimoso no placar. Iríamos precisar de melhor qualidade na hora de finalizar pra mudar esse quadro.

Veio o segundo tempo e com ele nosso primeiro alívio. Dois golaços do Pirata e do Zé que encaminharam uma vitória que nos deixaria ainda na cola do Cruzeiro e na briga pela liderança. Quando parecia que tudo seria festa no feriado cívico, veio uma relaxada mortal pros planos tricolores. A Lusa foi lá e empatou um jogo perdido, numa baita reação.

Frustração. Desespero. Raiva do time. Uma vitória certa, os 3 pontos garantidos se transformaram num empate amargo pros planos azuis de G4. Provavelmente cairíamos mais algumas posições, o time entraria em parafuso, decisões do treinador iriam começar a ser questionadas, tanto por torcedores, imprensa e dirigentes e o pior: poderíamos ver nosso arquirrival ficar colado na tabela e em franca ascensão. Isso não poderia acontecer, estaríamos naufragando e junto com nós toda uma expectativa por uma campanha vitoriosa no segundo turno.

Seria trágico empatar pra um time da parte de baixo da tabela, com todo respeito ao clube lusitano. Seria uma derrocada, um tropeço que machucaria a alma dos gremistas e nos levaria pra baixo. A Arena repleta de azuis merecia mais. E o mais veio.

Pênalti marcado, na minha opinião muito bem marcado, gol do Gladiador e a vitória de novo nos nossos pés. Foi difícil, foi suado, houve falhas, uma relaxada geral que quase nos custou caro, mas valeu pelos três pontos e pra que sejam tiradas lições de como se portar dentro de campo quando se esta ganhando um jogo aparentemente tranqüilo.

Claro, vamos ter que nos acostumar com o chororô geral da imprensa do centro do país que não pode ver o Grêmio na parte de cima da tabela. Vão inventar que o juiz foi comprado, se descobrem erros a favor do Imortal, que o time é violento, que a torcida é vândala, enfim. O que de fato importa é a retomada do caminho dos resultados positivos e terminar lá em cima na tabela do campeonato, fazendo sua parte e secando os adversários diretos. Não vai ser fácil, o time vai ter que estar atendo a diversos fatores de arbitragem que jogarão contra, mas não se pode desistir de tentar. E que venha o segundo turno com mais vitórias azuis... do Grêmio, do Cruzeiro não.


                                                                                                             Marcus Reis @popgremista
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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Grêmio e Goiânia: água e azeite


É assim mesmo a relação entre o Grêmio e a capital goiana. É como água e azeite, são opostos, não se misturam, é algo que não combina nem surte efeitos positivos. Bem pelo contrário, gera estragos, jornadas esquecíveis, tragédias teatrais, melodramas mexicanos.

O que foi aquele jogo ontem no Serra Dourada. Falta de ofensividade, meio de campo invisível, pois a bola saía automaticamente da zaga direto pro ataque, normalmente sem maiores pretensões, zaga totalmente perdida, goleiro de 40 anos falhando grosseiramente, um centroavante de 100 quilos fazendo o que queria no campo.

Enfim, foi uma jornada desastrosa, digna de ser esquecida. Ou quem sabe, melhor ser rememorada e lembrada, para que sejam percebidos todos os equívocos cometidos pela equipe para que nos próximos jogos essas falhas sejam corrigidas.

A péssima noite ontem pode ser explicada em algumas poucas constatações que se mostraram muito verdadeiras: a zaga sem Rhodolfo deixa a desejar, pois ela se mostra insegura, sem liderança, ou seja, presa fácil pros atacantes e tortura pra nós torcedores. Ou será que tem alguém que ainda pensa que o Bressan é um cara seguro, com qualidade e capacidade suficiente pra liderar o sistema defensivo e que as cinco vitórias seguidas foram mérito dele? Não podemos esquecer das falhas dele contra o Cruzeiro e Santos, (aquela recuada infantil e irresponsável que quase nos custou a classificação) que tanto demonstram o quanto ele deveria estar até na reserva, pois o seu colega juventudino Gabriel mostra mais firmeza e pede passagem.

Zé Roberto não pode ficar esperando no banco de reservas, sendo preterido pelo Biteco. Se ainda fosse o Guilherme, já seria algo discutível, mas os dois jogam mais ou menos na mesma posição. Agora começar com o Mateus Biteco foi algo que merece repudio, no mínimo. Essa invencionice do Renato que contrariou a todas as expectativas, tanto da torcida quanto da imprensa, nos custaram muito caro. Um cara da qualidade e da experiência do nosso Zé deve jogar sempre que tiver condições, afinal não temos no elenco alguém da mesma capacidade técnica que ele.

Dida, nosso goleiro, por muitos admirado, por outros contestado. Ontem ele deu razão pro segundo grupo que o quer fora do time. Baita falha! Infantil! Grotesca! Por favor, se fosse o goleiro do Inter que é inexperiente, a gente até entende mas um cara de 40 anos, com toda a bagagem que possui. É revoltante, não pode ocorrer. O passe do Biteco (maldita hora que foi a campo) foi ruim, foi na fogueira, mas não justifica a bisonhice do nosso arqueiro.

Claro que uma lambança destas fez o time demorar a se achar em campo e custou a equilibrar as ações. Quando parecia que o jogo poderia ter sua história mudada, acabou o primeiro tempo e com ele nossas esperanças de igualdade. O segundo tempo foi aquilo. O gordinho Valter fez o que quis e uma derrota até certo ponto esperada, pois nosso Imortal sofre com a maldição desse estádio goiano e é raro conquistar resultado positivo lá. Porém, fica a dúvida se esse resultado negativo vai ser apenas um tropeço no percurso, que as vitórias virão normalmente nos próximos jogos ou se o banho de água fria irá cortar nossos embalos e as convicções do Renato. Veremos sábado contra a Lusa rezando pra não cair, um adversário que vira retrancado. Baita desafio.

Marcus Reis @popgremista

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Adiante - Walter 2 x 0 Grêmio

Quero começar este primeiro texto agradecendo a oportunidade ao pessoal do Blog Grêmio 100 mil sócios. Volto à empreitada de escrever sobre o Grêmio, coisa que já fizera um bom tempo para a Geral aqui de minha cidade.

Pode parecer conto de “velha benzedeira” mas eu sentia que ontem amargaríamos uma derrota, e tenho certeza que muitos de vocês também, era aquele típico jogo que vamos para a frente da TV com a pulguinha atrás da orelha – Poxa, 6 vitórias seguidas, esse não é o Grêmio- nosso torcedor está tão acostumado ao sofrimento, que a facilidade gera desconfiança.

Voltando os olhos ao jogo, o Grêmio obviamente não jogou bem, Renato errou ao deixar nosso referencial técnico no banco colocando um dos 9 irmãos Biteco para jogar, não pode! Que sirva de aprendizado ao nosso treinador. Zé Roberto é a camisa 10 (apesar de ser volante de origem) incontestável, até ontem era o capitão e com uma perna deveria ser titular.

Não é hora de terra arrasada nem de achar que tudo está errado, essa derrota precisa ser encarada como aquele “Trupicão” que damos no meio da rua, ficamos com vergonha e raiva, mas erguemos a cabeça e seguimos adiante, é assim que se constrói uma campanha vitoriosa, aprendendo com os erros, e por falar em erros...tenho uma sugestão ao nosso goleiro Dida, ontem na terra das duplas sertanejas, nosso querido goleiro resolveu dar o seu ar da graça cometendo aquele erro absurdo. Dida convide o Walter, formem uma dupla sertaneja DIDA & WALTER o gordinho e o magrelo e se aposentem, tenho certeza que você iria proporcionar alegrias ainda mais inesquecíveis ao povo goiano do que a de ontem.

Cabeça erguida! Vamos adiante, o próximo embate é contra a Portuguesa em casa, que a Arena lote e faça voltar o sangue nos olhos da rapaziada, Dale Grêmio!
Obs.: Em tempo, sorteio para os mandos de campo dos jogos das quartas de final da Copa do Brasil ocorreu ontem à tarde, primeiro jogo no Pacaembu e o segundo na Arena, gostei, que seja como nos velhos e nem tão velhos tempos e 2007.
Iago Luís

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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

BR'13 - Grêmio 1 x 0 Ponte Preta - Quando a sorte está do nosso lado...


Comecei este texto com esta frase. Quando a sorte está do nosso lado. Quando isso realmente está acontecendo, quando as circunstâncias da vida começam a funcionar, quando o mundo está oferecendo oportunidades pra gente agarrar com unhas e dentes, muito bem, abrace-as e tente não deixar fugir. A sorte é como qualquer pássaro: até se adapta a uma gaiola, mas nasceu pra ser livre e voar, sem um paradouro fixo.

Sorte, sorte, sorte. Esse fator tão fundamental na vida é da mesma maneira muito importante para uma equipe de futebol, especialmente em um campeonato gigante como o Brasileirão. E pro nosso Grêmio, então, ela está sendo decisiva. O golzinho (não é menosprezo ao gol, ele é tão grande e importante como um golaço de bicicleta, uma tabelinha perfeita, um voleio certeiro) que o Gladiador nos presenteou foi uma baita entregada da zaga ponte-pretana. Claro, o atacante fez o certo. Teve calma, frieza e precisão e botou a bola por baixo do goleiro, fez o gol e nos trouxe uma vitória que já era esperada, mas foi surpreendentemente difícil.

Apesar da euforia da quinta vitória seguida, da boa fase do time, da vice-liderança, a três pontos da raposa mineira, precisamos ficar alertas. O time não vem fazendo muitos gols, nosso ataque não está conseguindo achar soluções ofensivas que acabem em jogadas produtivas e bem sucedidas. Ganhamos, ok, perfeito, 3 pontos decisivos, campeonato gigante, fundamental a vitória, pode ser decisiva em momentos finais. Mas será que teremos sempre a sorte do nosso lado?

Porque quer queira quer não, foi um gol de sorte. Competência do Kleber em aproveitar uma falha bisonha da zaga adversária, mas será que vamos sempre ter essas oportunidades vindas do céu? As zagas vão entregar todas as bolas de bandeja? O oponente sempre vai ter um jogador expulso nas partidas, facilitando a vida do Tricolor?

Não, claro que não. Isso não vai acontecer sempre. Por isso, devemos conclamar toda a nossa torcida gremista, super empolgada com a campanha positiva, com a fase boa, com esse mês de agosto que normalmente é agourento, pessimista, mas que está sendo perfeito pro Tricolor, para ficarem sempre atentos.

Nada de euforia antecipada, nada de sonhar com uma campanha brilhante, com um titulo antecipado. O time pode ganhar o Brasileirão? Pode...ta fazendo uma campanha pra isso. Porém, “muita calma nessa hora”, com o perdão do trocadilho. Temos que estar cientes que nada está ganho e que o time precisa melhorar sua produção ofensiva pra achar soluções pra derrubar os adversários sem precisar contar com a sorte.

Claro que não podemos enxotar a sorte, deixa a sorte perto de nós, não vamos dar as costas pra ela, mas podemos vencer os jogos sendo mais competentes né? Não custa nada dar uma ajeitada no ataque, um treinamento maior das jogadas ofensivas, até porque os adversários estão vendo o Grêmio em evidência e vão marcar nossas poucas opções de ligação do meio com o ataque, dificultando ainda mais nossa campanha no campeonato.

Se o Renato conseguir achar esse equilíbrio de defesa segura, meio de campo marcando, mas também criando e ataque finalizando com mais precisão, podemos sim abraçar a sorte e planejar um fim de ano com champanhe e muita festa. Já que estamos sendo sortudos, pra que desprezá-la?

Marcus Reis @popgremista 


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À la anos 90


A semana que passou foi mais uma daquelas típicas de um agosto Rio-Grandense: friozão na rua, lenha no fogão, até a neve resolveu dar o ar da graça e tingir nosso solo gaúcho de branco em várias cidades. E nada mais característico do nosso Rio Grande (de mais da metade dele), do que assistir aos jogos do Imortal Tricolor. E sendo jogos decisivos, eliminatórios, valendo classificação, torneio mata-mata, Copa do Brasil.. todos esses elementos formam uma partida do Grêmio. Unindo-se a eles outras particularidades como emoção, sofrimento, garra, luta, bravura, torcida enlouquecidamente cantando seus cânticos de amor, enfim.. Tudo isso junto e misturado nos traz uma miscelânea de corações acelerados e fanatismo que nos constituem como bravos torcedores gremistas.

Mas enfim, o que se viu nesse jogaço de quarta-feira foi um Grêmio disposto a vender caro uma possível eliminação. Desde o início, ficou clara a estratégia de Renato: era marcar sob pressão no campo do adversário para que o gol saísse logo e a classificação fosse se tornando um sonho possível. O ímpeto do time foi esse, a torcida foi junto, parecia que a máquina iria engrenar.

Porém, o que se viu com o decorrer do jogo foi um Peixe tentando não ser frito (ou assado, ensopado, enfim, depende da preferência de cada um). O time foi se assanhando, chegando à área gremista e dando calafrios na espinha de todos nós. Aquele gol impedido foi apenas uma pincelada do que poderia ter sido um quadro de Da Vinci para a nossa desgraça. Sorte a nossa que Montillo resolveu a abandonar o barco contundido antes do estrago feito e o nosso bote não foi afundado por esse peixe rebelde.

Enfim, o segundo tempo, início digno de filme de terror do time (passes errados, balões, torturante) logo se transformou em uma jogada maravilhosa do nosso Pirata, num passe perfeito pro Souza abrir os trabalhos e fazer a festa. Foi aí que chegamos ao título dessa crônica: parece que do gol, emergiu aquele espírito de combatividade e garra que tanto caracterizou o Grêmio de Luiz Felipe, naqueles idolatráveis anos 90.

Com ele, veio à luta, a entrega, a disposição em tentar sempre até o final. O famoso Grêmio Copeiro, maravilhoso, que nos deixou saudosos com tantas eliminações frustrantes a que fomos submetidos. Mesmo o futebol jogado não sendo tão vistoso, mesmo ainda sofrendo sustos de um peixe relutante em ir pra panela, surgiu um lance mágico do Maxi, (que até aquele momento estava jogando muito mal) numa assistência a la Zé Roberto, que encontrou Werley livre pra marcar. E o zagueiro ainda zombou da nossa ansiedade, parando, pensando como iria chutar ao gol, sendo que os adversários estavam se aproximando.

Claro, ele sabia que tinha que ser assim. Werley fez isso consciente, por que se não fosse sofrido, dramático, que nos deixasse a ponto do enfarte, não seria classificação do Grêmio. Talvez se tivesse chutado decidido, confiante, a bola beijaria a trave e sairia pra linha de fundo e a gente iria se espremer em nervos nos pênaltis, aonde vai saber o que aconteceria. Felizes estamos que o zagueiro demorou segundos intermináveis pra decidir o óbvio, e o óbvio aconteceu. Tão anos 90, tão Grêmio Copeiro.

Bom, mas o fundamental foi à classificação dramática, mas eficiente. Time não jogou maravilhas, mas fez sua parte. Fizeram falta os gols perdidos em Santos, mas as poucas chances foram anotadas. Resta esperar que o Corinthinas jogue como foi contra o nobre time do Mato Grosso (sofrendo, gol de falha do goleiro) para que motivados possamos ser o esquadrão bravio que sua sangue e tem alma de guerreiro. Um time aguerrido, tão Grêmio Copeiro, tão anos 90.

Marcus Reis @popgremista


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