1. PROLEGÔMENOS. Alguém conhece um vocábulo mais horroroso do que este na língua portuguesa ? Pois eu não, embora não conheça todos, lógico, mas se este não é o mais terrível de todos está disputando a ponta. Pois confesso que a primeira vez que o li foi - não podia ser de outra forma - em uma petição num processo judicial subscrita por um colega e cai duro. Ala fresca, pensei, que bicho é este ? Morde ? Corri para o dicionário e descobri. É usado como uma espécie de prefácio, introdução, a algo que será dito adiante, uma espécie de ´preparo` para o que se quer dizer, mas literalmente significaria AS COISAS QUE TERIAM SIDO DITAS ANTES. Pois por incrível que pareça não encontrei expressão melhor para introduzir o tema. Acertada a aquisição do atleta Kléber todo o mais desimporta. O que foi dito antes, apaga-se, borrachinha. O que se debatia, na verdade, era preço, duração do contrato, idade dele, tudo ligado entre si e com vinculação ao temperamento - com restrições também para a forma como o negócio estava sendo conduzido. O futebol dele nunca esteve em discussão. Uma vez contratado é relaxar e gozar. Agora o cara esta aí, então continuar o debate é completamente desnecessário. Necessário agora é torcer para que o investimento dê certo e que ele se torne o maior jogador da história contemporânea do clube. O resto é coisa do passado. Superados os malditos PROLEGÔMENOS vamos ao que interessa. O Jogador e como será ele o time e daqui prá frente.
2. AS BOAS VINDAS. Tenho dito aqui desde o inicio do ano, praticamente - e sem contestação - que o Grêmio precisa de 2 zagueiros, 1 número meio campista enérgico de ofício, que não temos há anos, e 2 atacantes. Todos para chegar e entrar em campo como titulares. Durante o transcorrer do ano arrumamos laterais e deles estamos, hoje, bem servidos e considero, inclusive que, claro, em que pese às diferenças de qualidade, temos grupo para eles, banco para eles, na eventualidade ( eu disse eventualidade ) de ser necessário - cartão amarelo, suspensões em geral. Com estes acréscimos, desde que de primeira qualidade, teríamos time para sonhar com grandes conquistas, Copa do Brasil, Sul Americana e quem sabe entrar num Brasileiro para, de fato, disputar a ponta. Os 4 para completar 11 nós temos e depois se faz grupo para os que chegam, é mais fácil trazer para grupo. Imperioso, entretanto, que entre estas contratações tivéssemos 1 Xerifão - um líder por excelência - e 1 jogador diferenciado, daqueles que desequilibram um jogo, que definem, que matam a charada quando tudo parece estar indo pro brejo. Douglas já se viu não é este jogador diferenciado, na medida em que possui conduta irregular e temperamento morno. Costumo dizer, quando ele está sonolento, que com ele assim o time fica ´Douglalizado`, e abatumado, se arrasta. Líder poderia ter sido o Roca se ele tivesse inclinação para isto. Não tem ! Bem, tendo finalizado 2011, o Grêmio saiu à cata de montar um time para 2012, que é o que todos queremos. Chegada a hora, infelizmente de maneira precoce, mas o que fazer, vamos fazer como está. É o que temos. E o primeiro nome surgido é de se aplaudir de pé - como jogador sem dúvida. A direção trouxe KLÉBER. O Gladiador. Na essência, o Gladiador é aquele que morre lutando se for preciso, mas que não se entrega, uma figura da história que se tornou lenda porque se
recusava a perder, porque perder, para ele, seria a morte. Aquele time do Grêmio de 93 a 98 mais especificamente até 1996 - não que a CB de 97 não tivesse sido importante - era um time que ganhou o lema de que ´se recusava a perder` ... O Gladiador daquele time tinha nome, Dinho. Temperamental, como Kléber, rebelde, como Kléber, apaixonado e apaixonante, como Kléber, às vezes perdia a cabeça, como Kléber, noutras ia expulso, como Kléber. Claro, funções e jeitos de jogar diferentes, mas, na essência ambos têm enormes pontos de identificação embora não todos - Dinho era mais dócil, aparentemente - e entre eles o mais empolgante é que eles se identificam num absolutamente indispensável ao que precisamos hoje. São, ambos, DIFERENCIADOS ! Pois este ai o MAIS DIFÍCIL de todos os 5 elementos, o DIFERENCIADO. DINHO era o nosso 5o ELEMENTO. Kléber tem tudo para, hoje, ser o elemento mais difícil que nos faltava há tempos e, neste trajeto, matar a saudade e a imensa lacuna que DINHO deixou. Vejam bem os precipitados, estou comparando não o futebol de ambos, não as funções e tampouco o que o primeiro representou para a torcida e para nossa galeria de conquistas..... Estou dizendo pura e simplesmente que dentre os elementos faltantes ele hoje pode representar o que Dinho foi. Depende DELE. Se chegar perto tá bom, se ultrapassar ... bem ai, com os que faltam, dá prá ir ..... nem vou falar... Faltam 4. Cientes temos que estar que dentre os que faltam o mais difícil dos que restam é o Xerifão. Que pode ser um dos zagueiros, ou um meio campista, por tradição. Um cara que, ilustrativamente, quando o Índio tiver apitando e intimidando um Leandro, o cara meta o dedo na cara dele e sussurre algo bem convincente no ouvidinho da garota, como o Oberdã fazia, e acabe com a farra do peitaço - em que pese isto o Kléber também possa ser importante. Alguém que olhe atravessado pro Micro Anão e faça ele se borrar como fez o Willian quando ele botou pela janela a possibilidade de reverter a CB que o Corinthians tirou deles aqui no Beira Rio. E alguém que vez que outra chegue na orelha do próprio KLÉBER e diga: menos, menos ....
recusava a perder, porque perder, para ele, seria a morte. Aquele time do Grêmio de 93 a 98 mais especificamente até 1996 - não que a CB de 97 não tivesse sido importante - era um time que ganhou o lema de que ´se recusava a perder` ... O Gladiador daquele time tinha nome, Dinho. Temperamental, como Kléber, rebelde, como Kléber, apaixonado e apaixonante, como Kléber, às vezes perdia a cabeça, como Kléber, noutras ia expulso, como Kléber. Claro, funções e jeitos de jogar diferentes, mas, na essência ambos têm enormes pontos de identificação embora não todos - Dinho era mais dócil, aparentemente - e entre eles o mais empolgante é que eles se identificam num absolutamente indispensável ao que precisamos hoje. São, ambos, DIFERENCIADOS ! Pois este ai o MAIS DIFÍCIL de todos os 5 elementos, o DIFERENCIADO. DINHO era o nosso 5o ELEMENTO. Kléber tem tudo para, hoje, ser o elemento mais difícil que nos faltava há tempos e, neste trajeto, matar a saudade e a imensa lacuna que DINHO deixou. Vejam bem os precipitados, estou comparando não o futebol de ambos, não as funções e tampouco o que o primeiro representou para a torcida e para nossa galeria de conquistas..... Estou dizendo pura e simplesmente que dentre os elementos faltantes ele hoje pode representar o que Dinho foi. Depende DELE. Se chegar perto tá bom, se ultrapassar ... bem ai, com os que faltam, dá prá ir ..... nem vou falar... Faltam 4. Cientes temos que estar que dentre os que faltam o mais difícil dos que restam é o Xerifão. Que pode ser um dos zagueiros, ou um meio campista, por tradição. Um cara que, ilustrativamente, quando o Índio tiver apitando e intimidando um Leandro, o cara meta o dedo na cara dele e sussurre algo bem convincente no ouvidinho da garota, como o Oberdã fazia, e acabe com a farra do peitaço - em que pese isto o Kléber também possa ser importante. Alguém que olhe atravessado pro Micro Anão e faça ele se borrar como fez o Willian quando ele botou pela janela a possibilidade de reverter a CB que o Corinthians tirou deles aqui no Beira Rio. E alguém que vez que outra chegue na orelha do próprio KLÉBER e diga: menos, menos ....
3. KLÉBER É UM RISCO ? Sim, sempre há riscos em contratações como estas. Jogadores do temperamento do Kléber, e com os precedentes dele, sempre trazem consigo uma desconfiança, uma cobrança extra da mídia ( ALÔ ALÔ PELAIPE, ALGUÉM TEM QUE CUIDAR COM O LHB PORQUE ELE JÁ DEVE TER NO MÍNIMO UMA REPORTAGEM PRONTA ....) e por onde passam viram noticia. Pode dar errado ? Pode, claro, mas há quanto tempo não se ousava no Olímpico ? Há quanto tempo não se tinha audácia ( e à audácia a fortuna ajuda ... ). Audácia não é contratar um jogador de futebol duvidoso como o CA e com lista de encrencas. Audácia é contratar um grande jogador ainda que este grande jogador possa trazer consigo a possibilidade de alguns atritos ( ou vocês acham que controlar Dinho, Paulo Nunes, Nildo, C Miguel era barbadinha .... ) E este veio. Se não der certo, não se culpe a direção, estes erros se acontecem não são pecaminosos, estes são necessários.
Vá que acerte Não custa repetir, a banca paga e recebe, a direção erra, se vaia, acerta se aplaude. E aqui acertou !..... Kléber tem a cara do Dinho, a cara do Grêmio. Tem tudo para dar certo.
Saudações tricolores.
Carlos Josias www.cjosiaseferrer.com.br @cajosias
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