sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Grêmio e Goiânia: água e azeite


É assim mesmo a relação entre o Grêmio e a capital goiana. É como água e azeite, são opostos, não se misturam, é algo que não combina nem surte efeitos positivos. Bem pelo contrário, gera estragos, jornadas esquecíveis, tragédias teatrais, melodramas mexicanos.

O que foi aquele jogo ontem no Serra Dourada. Falta de ofensividade, meio de campo invisível, pois a bola saía automaticamente da zaga direto pro ataque, normalmente sem maiores pretensões, zaga totalmente perdida, goleiro de 40 anos falhando grosseiramente, um centroavante de 100 quilos fazendo o que queria no campo.

Enfim, foi uma jornada desastrosa, digna de ser esquecida. Ou quem sabe, melhor ser rememorada e lembrada, para que sejam percebidos todos os equívocos cometidos pela equipe para que nos próximos jogos essas falhas sejam corrigidas.

A péssima noite ontem pode ser explicada em algumas poucas constatações que se mostraram muito verdadeiras: a zaga sem Rhodolfo deixa a desejar, pois ela se mostra insegura, sem liderança, ou seja, presa fácil pros atacantes e tortura pra nós torcedores. Ou será que tem alguém que ainda pensa que o Bressan é um cara seguro, com qualidade e capacidade suficiente pra liderar o sistema defensivo e que as cinco vitórias seguidas foram mérito dele? Não podemos esquecer das falhas dele contra o Cruzeiro e Santos, (aquela recuada infantil e irresponsável que quase nos custou a classificação) que tanto demonstram o quanto ele deveria estar até na reserva, pois o seu colega juventudino Gabriel mostra mais firmeza e pede passagem.

Zé Roberto não pode ficar esperando no banco de reservas, sendo preterido pelo Biteco. Se ainda fosse o Guilherme, já seria algo discutível, mas os dois jogam mais ou menos na mesma posição. Agora começar com o Mateus Biteco foi algo que merece repudio, no mínimo. Essa invencionice do Renato que contrariou a todas as expectativas, tanto da torcida quanto da imprensa, nos custaram muito caro. Um cara da qualidade e da experiência do nosso Zé deve jogar sempre que tiver condições, afinal não temos no elenco alguém da mesma capacidade técnica que ele.

Dida, nosso goleiro, por muitos admirado, por outros contestado. Ontem ele deu razão pro segundo grupo que o quer fora do time. Baita falha! Infantil! Grotesca! Por favor, se fosse o goleiro do Inter que é inexperiente, a gente até entende mas um cara de 40 anos, com toda a bagagem que possui. É revoltante, não pode ocorrer. O passe do Biteco (maldita hora que foi a campo) foi ruim, foi na fogueira, mas não justifica a bisonhice do nosso arqueiro.

Claro que uma lambança destas fez o time demorar a se achar em campo e custou a equilibrar as ações. Quando parecia que o jogo poderia ter sua história mudada, acabou o primeiro tempo e com ele nossas esperanças de igualdade. O segundo tempo foi aquilo. O gordinho Valter fez o que quis e uma derrota até certo ponto esperada, pois nosso Imortal sofre com a maldição desse estádio goiano e é raro conquistar resultado positivo lá. Porém, fica a dúvida se esse resultado negativo vai ser apenas um tropeço no percurso, que as vitórias virão normalmente nos próximos jogos ou se o banho de água fria irá cortar nossos embalos e as convicções do Renato. Veremos sábado contra a Lusa rezando pra não cair, um adversário que vira retrancado. Baita desafio.

Marcus Reis @popgremista

Share |