O Grêmio lutou muito na noite de quarta, mas foi eliminado com justiça
pelo aplicado time do Fluminense. Mais uma vez, quando pegou uma equipe
retrancada, o Grêmio enfrentou dificuldades e não soube criar situações
suficientes para virar o placar e permitir a festa dos mais de 40 mil
torcedores que mais vez deram um show na Arena.
É preciso, no entanto, falar do Roger, o nosso treinador. A culpa pela
frustração passa exclusivamente por ele. E não pelo jogo ou por algum erro que
possa ter cometido no comando do time nestes últimos meses. Falo da
"culpa" como elogio. Foi ele, Roger, que nos devolveu o convívio com
a esperança, com a alegria de ver o Grêmio jogar. Foi com Roger que voltamos a
ver o Grêmio ser Grêmio e permitiu que sentássemos nas confortáveis cadeiras da
Arena com a esperança de vencer.
Roger fez um milagre. Neste ano, o trabalho do time, até a chegada
dele, beirava o ridículo. Nos últimos três anos contratamos muitos jogadores e
gastamos milhões e nada de bom se teve. Nem esperança. Ninguém sabe me dizer a
escalação de um time nestes anos.
Tivemos muito marketing e muitos projetos, mas esperança em ter um
time competitivo tivemos apenas com a chegada do Roger, e sem querer, por
sinal. Antes de tentar o Roger, o Grêmio parece que tentou o Doriva ou
Cristóvão. Mas sorte também faz parte do futebol (vale lembrar que essa direção
de futebol demitiu o Roger do Grêmio um ano antes de recontratá-lo).
Por tudo isso, sem nenhuma dúvida, temos que colocar no Roger a culpa
por essa frustação na manhã desta quinta-feira. Ele fez um time competitivo
apesar de tudo e todos. Confesso para
vocês que o resultado de ontem não mudou em nada o que penso sobre o trabalho
do treinador e tenho esperança no título do Campeonato Brasileiro. A qualidade
que ele impôs ao nosso Grêmio merece todo o nosso respeito.
Deixem o Roger trabalhar. Ele é
o Grêmio.