“...Para desentristecer, Leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho...”
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho...”
Não não, você está no lugar certo, é o pós-jogo mesmo! Batemos o Léon(zinho) em uma noite de festa da torcida tricolor. E o belo espetáculo da torcida certamente foi o mais marcante no primeiro tempo. Parecia que o fantasma do jogo em Barranquilla estava pairando sobre o Olímpico. O Grêmio ainda não se encontrou em campo. Desconcentrado, errando muitos passes e insistindo em jogadas pelo centro do campo contra a defesa de 4 jogadores peruanos, o Grêmio preocupava. A falta de confiança mútua era nítida, ao mesmo tempo que avançavam em busca do ataque batia o medo de não ter ninguém pra fazer a cobertura e levar um gol no contra-ataque.
Mas os peruanos não queriam saber de jogo, demoravam nas cobranças de lateral e tiro de meta. Truncavam o jogo e provocavam os Imortais de Renato, que sabiamente os orientava a não cair no joguete. Foi no anti-jogo do León que Douglas sofre uma falta, vai pra cobrança e André Lima mostra sua especialidade: Cabeceia para o gol e faz a nação Tricolor respirar novamente. Grêmio 1 x 0. É assim que acaba o primeiro tempo, com dificuldades em infiltrar-se na defesa adversária o Grêmio sai de campo para escutar o que O Santo tem a dizer. Ele pede velocidade no toque de bola, quer que o León abra espaço no seu campo defensivo. Mas as jogadas brilhantes não surgem, e as faltas continuam. Assim o juiz vê o pênalti sobre André Lima, seu companheiro de ataque cobra e mostra que a dupla André e Borges vem pra ficar no ataque gremista.
Carlos Alberto mais uma vez, deixa margem para a dúvida. A torcida do Imortal aplaudiu, mas eu aprovo os aplausos para a entrada de Collaço. Carlos Alberto não mostrou a que veio, errou muito e não se encontrou na função que lhe é atribuída. Se falo assim dele é porque sei que ele pode render mais, mas não pode demorar se não será nosso reserva de luxo. Em minha humilde opinião acho que Escudero no jogo anterior fez mais do que Carlos Alberto nesses jogos. O argentino tem vontade, quer jogo e aparece bem colocado nas jogadas, só não fez gol no jogo contra o Cruzeirinho porque Douglas foi fominha.
Quem faz bela atuação é Rochemback, que tem partidas regulares e mantém sua precisão nos desarmes. Douglas organiza muito bem as jogadas, mas parece que o time ainda não consegue acompanhar as jogadas que ele arma, falta entrosamento! Essa equipe do Grêmio é exatamente o contrário da equipe de 1995 que era um grupo muito forte e individualmente não tinha tantas qualidades. O Grêmio de 2011 é um time técnico, preciso que alia raça a essas qualidades. Individualmente muito forte, jogadores como Gabriel, Douglas, Rodolfo, Carlos Alberto que no individual são ótimos mas lhes falta jogar como uma equipe realmente. Isso é visível inclusive nas comemorações de gol, pensem e comparem, depois me digam se não tenho razão.
O que ninguém questiona é o trabalho de Renato. Se ele conseguir resolver o problema do individualismo e os erros quanto a toque e conclusões a gol, certamente o Grêmio terá a EQUIPE mais forte da LA11, e pode vir a ser uma das melhores da história do Grêmio.
O jogo terminou Grêmio 2 x 0, o León mostrou-se leãozinho, não ofereceu perigo, vimos que nosso maior adversário somos nós mesmos. O leãozinho veio em nosso caminho para que respirássemos mais uma vez na Libertadores e para provar enfim que nessa competição não existe grupo ou partida fácil.
Aline Remus, tricolor desde sempre.