Ouço de muitos jornalistas a constante queixa, com certa razão, que a dispensa do diploma do curso ( superior, claro ) para que o profissional exerça sua atividade regularmente; digo com certa razão porque a profissão de Jornalista é uma das raras – com curso superior – que não possui Conselho e, face isto, também é desprovida de Comissão de Ética que possa julgar, administrativamente, os abusos e as ocorrências que ferem as relações interpessoais e ou profissionais quer entre os colegas quer destes profissionais com o público em geral. Sem ir muito longe, mas ficando no esporte, que é o tema preferido, em regra, das pessoas com que me relaciono aqui, é comum ler, ouvir e também ver comentários de analistas esportivos que atribuem o adjetivo de burro, a treinadores, de pernas de pau, a atletas profissionais que vivem do futebol para sustentar não poucas vezes uma multidão de familiares, sem contar aqueles que chamam estes mesmos jogadores de 171 ou vigários, e entre tantos desaforos, insinuações de todos tipos, ladrão pra fora, entre centenas. Digo que isto é absolutamente comum. Com as vidas expostas, os atletas que têm pais e filhos, ficam à mercê de análises extra campo e seus familiares precisam suportar isto a todo instante. Me digam, vocês, o que fariam, se um filho fosse chamado de 171, ou vigário, ou perna de pau, por um comentarista esportivo ? Dia desses um torcedor indagou algo de um jornalista – algo simples, perguntou porque o Pelaipe não estava no programa - no twiter e a resposta foi vai pra PQP. Pois esta profissão merece ser respeitada, evidente, e penso que o diploma seria essencial para o seu exercício. Mas enquanto não tiver um conselho e enquanto não houver punições éticas aos mais açodados, ela não fará parte do rol nobre das atividades, lamento. Evidente que os leitores, ouvintes e telespectadores exageram nas redes sociais muitas das vezes, mas ai temos duas coisas:
1) O jornalista integra a rede social sabendo que corre este risco se não quer correr que não integre;
2) Quem tem que ter cuidado é o motorista, não o pedestre .... a ética é do jornalista, não do leitor, ouvinte, telespectador, quem tem que se manter educado, cordial e PROFISSIONAL é ele, ou vá fazer outra coisa .... Por estas e outras é que tantas vezes repito, alguns para olharem para um CACO BARCELOS, só de binóculos.
obs. o fato narrado se passou entre o twiteiro e blogueiro @leonardoimortal ( que salvou o twitter e sobre ele irá falar oportunamente ) e o jornalista @ricardovidarte - o mesmo da tuitada famosa.
E o mesmo da punição não menos conhecida por sua tendenciosa inclinação colorada.
Saudações Tricolores
@cajosias Carlos Josias