sábado, 27 de setembro de 2014

DON'T CRY FOR ME CHITOLINA

Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07. Josias @cajosias é colunista do Grêmio 100mil. www.facebook.com/cjosias.oliveira



 
 
 
Informam - estou fora de P Alegre - que Chitolina saiu atirando que aceitava críticas de torcedor mas não de ex-dirigente ( ??? ).
 
Pronto, criado o cadastro para habilitação à crítica.
 
Por esta observação surreal é de se indagar: e o elogio aceitaria ?
 
Ah, claro, o elogio ele aceitaria de ex-dirigentes, só a crítica que não. Mas quem iria elogiar o desempenho do futebol neste período ? Pois é.
 
Não bastasse isto, as críticas não são pessoais, e sim de condução, de eficiência, ou falta dela. Nunca se duvidou da integridade e honestidade dele, se duvidou da capacidade ( eu, aliás, desta nunca duvidei também, era incapaz ao cargo ). Ele misturou tudo e observou com carência de inteligência na medida em que é requisito básico para ser dirigente o ser torcedor. Cacalo, aliás, repete isto com frequência, diante das resistências que teria tido no passado quando vice de futebol sob o argumento de que era ´muito torcedor`.
 
A declaração é sintomática e reveladora: ele não estava preparado para o exercício da função que (não) desempenhou durante todo este tempo e com prejuízo do clube. Ele saiu como entrou, e, pior, um desastre em Grenais. Para ser esquecido ? Não, para ser lembrado a fim de que se evitem erros do tipo e que se deixe de entregar a amadores um cargo de tamanha relevância. Pior do que entregar para amadores, na verdade, é confiá-lo a neófitos.
 
Ainda que fora da nomenclatura de Vice-Presidente, a função que exercia a ela equivalia. Ali estiveram Cacalo, Koff, Hélio Dourado, Nelson Olmedo, Galia, entre tantos. Trata-se de um lugar que deve ser entendido como ´de respeito`, ao menos em nome daqueles que ali estiveram e tantas conquistas nos deram.
 
O interessante de observar é que na gestão Odone ele criticava o futebol da manhã à noite e em todas as rádios, mas pela linha esposada podia, afinal, não era então ex-dirigente.
 
Fui crítico da entrega a ele daquele ´bastão`, desde o início e exerci esta crítica mesmo nas raríssimas vitórias que tivemos, porque tinha a convicção de que com ele chegaríamos ao fim da gestão da forma que chegamos. Acertei, em que pese nunca ter torcido pela tese, até porque o Grêmio é infinitamente maior do que nós.
A saída de Chito não consertará os estragos havidos.
- nem irá autorizar a se pensar de que agora vai, até porque estamos no final do campeonato e o trabalho foi inúmeras vezes recomeçado, face tantos erros cometidos -
 
 Mas evita danos maiores.
                                                                                      
Saiu, pena que tão tarde. Mas, já dizia o sábio ditado popular, antes tarde do que nunca.
 
 Que seja feliz na sua vida pessoal e profissional. Que se mantenha torcedor. E que nunca mais chegue perto do vestiário do Grêmio, salvo para confraternizar nas vitórias e se solidarizar nas derrotas. Como bom torcedor que é.

 
Abs

 

 
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