quinta-feira, 12 de abril de 2012

O Jogo - pitacos políticos e a máxima da piada = E SE GANHARMOS ?

1. O Grêmio repetiu ontem o que vem fazendo desde o inicio do ano. Exceto pelo GREnal. Jogando sem convencer. Ganhou, é verdade, mas não basta ganhar tem que convencer. Só ganhar sem jogar bem vez que outra ocorre o que ocorreu contra o Caxias e contra o Pelotas, perde ! Tem gente que acha que isto é corneta, ok, é porque não tem a menor noção conceitual de crítica e quando a exerce corneteia, tiram os outros por si ou é pura ignorância, no sentido literal do termo, não o use de forma pejorativa. Raras vezes o time dá mostras de progresso. Estou falando isto taticamente porque sou compreensível quanto às lesões, ainda que também entenda que um time grande tem que ter grupo suficiente para encará-las, eis que previsíveis. A fatalidade Kleber, é verdade, nos tirou o nosso melhor homem, o outro quebrou o nariz – jogar com máscara inibe e diminui a qualidade – e assim vai. Mas o fato é que não se tem alguém que cumpra o papel do Kleber não digo com relação ao talento, mas a função e menos ainda à liderança. Com máscara ou sem máscara nossa zaga é frágil e ali mora o perigo. Não adianta ficar cobrando demasiadamente do Victor, goleiro com zaga insegura na sua frente fica inseguro, sempre. Perguntem ao Manga ou ao Danrlei porque foram o que foram. Mesmo assim, algumas boas constatações ontem. Bertoglio fez um lindo gol, mesmo que eu ache que aquele gol com as facilidades defensivas que encontrou não seria feito tal e qual contra o Corinthians, Santos, etc... Poderia ser feito, mas aí o grau de dificuldade seria muito maior. Já o gol de Miralles, este sim, poderia ser feito contra qualquer time grande, isto que eu quero dizer. E não foi a primeira vez que ele fez, já meteu assim contra o Flamengo. Miralles me acendeu uma chama de esperança, adoraria que ele desse muito certo, adoraria que ele driblasse o descrédito que tive quando da contratação. Gana ele está tendo. Na afirmação de Bertoglio e na insistência de Miralles, mesmo com lesões, uma esperança. É o ponto positivo de ontem, mas tem que persistir, se não voltamos à estaca zero. Estou agnóstico, mas São Tomé vê para crer, mas crê ! Podem crer !

Continuo sem gostar desta de 2 preparadores com revezamento. São confianças diferentes junto aos atletas, são discursos diferentes, são métodos diferentes e muitas lesões diferentes, opa, essa última escapou. Acho um erro. Continuo achando que nos falta um homem no vestiário que não seja empregado. Como está, Luxa tem sido o Diretor de Futebol. Acho um erro. Às vezes se ganha mesmo com erro, tanto quanto se perde mesmo com acertos, mas se pode corrigir erros, por que não ? É proibido ?

2. Não estou gostando – puxa tô meio negativo hoje – de muita coisa na política do clube. Ela anda predadora demais, uns falando dos outros e os outros falando dos ´uns`. Esse foi um dos motivos, entre outros até mais relevantes de ordem pessoal, pelos quais me afastei do meio. Estamos com uma situação rachada e uma oposição perdida e dividida. A situação se sai ou se safa mais facilmente, na hora do pega para capar, se o caldo entornar se une convenientemente para a eleição – para não perder a boquinha como me disse um bundinha de plantão dia desses, que confunde a missão de ser conselheiro com boquinha, o cara, cujo nome não guardei e nem quero saber mais, se for conselheiro tem que ser corrido, se pretende ser, tem que ser barrado: quem tem esse pensamento tacanho tem que ficar longe do clube do qual revelou nada conhecer, um neófito, o clube prescinde deles. Nessa previsível união nada a censurar, e é assim em qualquer meio político, faz parte e é do jogo, e é assim no G há anos. Mas o fato é que rachada e cheia de desconfiança entre os ´gurpos afins` isto não traz a verdadeira união, e não é bom nem a curto nem a médio nem a longo prazo. Aliás, do último pleito, quando terminou, já se adivinhava que daria colisão, e não levou uma semana: colisão frontal gerou um futebol fraco e uma administração até agora nada exitosa. A oposição, coitada, esmagada em meia dúzia, não sabe para que lado corre. Não se encontra com ela mesma, é cada um por si e quando se juntam se desentendem.

2.1. O que eu acho ? Tem grupo de oposição que pende mais para a situação do que para ficar onde está.... E alguns que pensam que governar o clube é o mesmo que governar o próprio grupo, que tudo se resolverá só com a entrada deles como se houvesse mágica no absurdo. Me lembra aquela piada Uruguai, cuja solução encontrada por um assessor da Presidência para afastar o país da pobreza era invadir os EUA sob o argumento de que o Japão tinha feito isso, fora destruído e depois os Americanos o reconstruiu e o transformou numa das maiores potencias mundiais: ouvindo a sugestão o Presidente pensou, pensou, coçou o queixo, olho para o assessor e indagou:

E SE GANHARMOS ?

2.2 O Grêmio ainda tem que amadurecer muito politicamente. E falta uma coisa que funcionou fundamentalmente na época das GRANDES CONQUISTAS e dos GOLDEN YEARS e que nela residiu o grande segredo do sucesso = além de competência daqueles que geriam o clube, e competência profissional com experiência, não ilusória ou teórica, havia um COMPROMETIMENTO DE AMIZADE que ninguém abria mão e a perfeita ciência de que administrar o clube era uma tarefa que seria cumprida se todos fossem muito próximos um dos outros.


2.2.1 1993 a 1998 não aconteceu por acaso, ou por sorte. Foi por isto.
 
3. No jogo encontro o Mauricio Indrusiak. Grande figura. Vinha de um lugar oposto de onde costuma ficar e indaguei, jogando conversa fora: onde estavas companheiro ? Ele me respondeu = desfrutando da única boquinha que tenho no Grêmio = usar o banheiro da tribuna para fazer xixi !
 
3.1 Pensei comigo, esse é um dos caras que entendem perfeitamente o que é ser conselheiro. Grande abraço Mauricio !

@Cajosias Carlos Josias



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