sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A PRESIDÊNCIA DO CD, O PONTO DE DESEQUILÍBRIO DOS ÚLTIMOS PLEITOS, O INCRÍVEL RENATO E RUI COSTA



Coluna do Carlos Josias: Diretor Jurídico do Grêmio 93/98, Conselheiro 94/2010 e Vice-Presidente 2005/07. Josias @cajosias é colunista do Grêmio 100mil  www.facebook.com/cjosias.oliveira








1. Me liga um amigo dizendo que um cronista de ZH analisando o pleito para a Presidência do CD refere que a vitória de M Camargo teria sido decidida nos votos da Geral. Erro, comum para quem não conhece a fundo, ou pensa que conhece, a política do clube. Necessário, antes, que se diga o óbvio. Numa eleição, tanto quanto num jogo de futebol, o detalhe pode definir e todos contribuem de alguma forma para o sucesso quando alcançado, ou para o insucesso quando aquele não é atingido. De milho em milho .... Então o que decide, mesmo, é um conjunto de fatores que, agregados, se encaixam de tal forma que o resultado final é o desejado. Evidente que a Geral teve sua importância, e grande, tanto para a eleição ao CD quanto para a da Presidência deste. Mas não foi ela quem decidiu nenhum nem o outro no ponto em que o analista apontado perseguiu definir. A Geral nunca votou com Koff, sempre votou com Odone. De sorte que os votos dela não foram roubados ou retirados e transferidos da Chapa 2 para a Chapa 7 no pleito ao CD tampouco para a Presidência do Conselho - eles naturalmente ao longo do tempo já estavam nesta posição. Quem teve os votos migrados de um para outro contingente claramente foi o Grupo Grêmio Imortal, e isto definiu. Este grupo fazia parte do denominado G-6(7) e fazia parte do apoio ao Koff. Ao se eleger em companhia do MGI e da Geral o Imortal pulou de 6 ou 7 conselheiros para 23. Vejam bem, 23 conselheiros. Tivessem ficado no apoio a Koff, numa eleição de 2 concorrentes, como aconteceu para a Presidência, resultaria em 46 votos de diferença = 23 a mais para o candidato que votaram e 23 a menos para o candidato que deixaram de votar. O Imortal foi subestimado, esta é que é a verdade. Desprezado pelo G Sempre, que preferiu compor com os Sócios Livres, e também por influência destes, restaram excluídos da parceria. A Chapa 2 quer pelo Unido quer pelo MGV também não lhes admitiu a companhia. Isolados, o Imortal compôs com o MGI. E deu no que deu. Em duas eleições, na sequência, este grupo desequilibrou. Quem conhece um pouquinho, só, da política do clube, sabe disto. No detalhe, como numa grande decisão, nestes dois pleitos, este pênalti foi bem batido por quem formou a chapa 7 e elegeu M Camargo.

1.1. M Camargo merecia vencer. Sempre se mostrou ao longo de sua trajetória no clube, característica: a coerência. Homem discreto, advogado militante - e sempre achei que este cargo é daqueles que quem o exerce tem de ser um profissional do direito e ativo - fica à margem dos holofotes. M Camargo tem um temperamento ao menos aparentemente que se assemelha ao de RRFL e ao que tudo indica deve fazer um bom governo. Desconheço restrições à pessoa dele e desconheço qualquer conduta dele que não tenha sido coerente. Seja exitoso, é o que se deseja para o bem do clube.

2. Renato tem sido exitoso no clube. Parece que tudo que faz dá certo, beira ao incrível. Inventou um esquema maluco e quanto mais batem nele por isto mais ele ganha e mais ele cresce. Alguns não comentam as vitórias do Grêmio, lamentam elas, o que é curioso e divertido, estão cada vez mais perdendo os cabelos e correndo riscos de ficarem com muito pouco do que possuem abaixo deles. Não sei se vamos manter a segunda posição e menos ainda se vamos ganhar a CB. Mas de uma coisa eu tenho plena convicção, ficássemos com Luxa e estaríamos na zona da morte. A troca foi perfeita embora pudesse ter sido feita antes. Se Renato chega antes o título estaria ao alcance.... mas não duvido de mais nada. Guerra e Rui ensinaram como lidar com Renato. Deixaram ele trabalhar e não atrapalharam. Com Luxa isto não funcionou e não funciona, deixar Luxa livre é pedir o acidente, o engomadinho definitivamente não sabe dirigir, ele se adona, vira Presidente e estraga o que está certo. Um pavor, virou o fio, perdeu mais do que o trilho, perdeu o trem. Renato tem uma postura diferente. Ele sabe até onde pode ir. Em paz para trabalhar rende e não abusa. Rui, que já sabia disto, conduziu com habilidade o regresso. Chitolina só acompanhou. No que fez bem.

2.1. Por falar em Rui. Que dirigente senhores, que dirigente.

abs


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