Não podia imaginar até agosto que hoje, 31 de dezembro, poderia estar redigindo um texto sobre o ano do Grêmio com todas as esperanças renovadas.
Nosso ano começou bem até, com um técnico considerado promissor. Diretoria investiu em jogadores tidos como muito bons, ganhamos o título do Campeonato Gaúcho...
Porém, rapidamente desandou. Havia problemas internos. Falta de esforço e de comprometimento com a camisa por parte de alguns jogadores. Aqueles que mantinham a garra não tinham forças pra levar o Grêmio sozinho.
E sim, foram muitas derrotas. Em casa, até vencíamos. Mas fora, era um sofrimento.
Onde fomos parar? Na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro de 2010. Ai meu coração!
Semanas e semanas naquela situação. Jogadores mal, técnico pior. Torcida frustrada. E aquele sentimento: onde está a nossa imortalidade?
Vou pular a parte da frustração pré e pós-Copa. Dava pra imaginar que com o tempo de descanso, a casa pudesse ser arrumada, o que não aconteceu.
Mas o dia chegou. O dia em que a diretoria do Grêmio por fim escutou os apelos da torcida. Silas caiu. E começou a especulação: quem vai ser o técnico do Grêmio? Quem poderia ter a capacidade de transformar aquela equipe?
Até que chega o anúncio: Renato Gaúcho, ou Renato Portaluppi. Confesso que o meu sentimento foi muito confuso ao saber que ele treinaria o Grêmio. Pensava que ele podia não dar conta. Que por ser torcedor, ter uma grande identificação com o clube poderia ir atropelando as coisas.
E ainda bem que eu estava errada! Justamente por tudo isso, claro, a responsabilidade foi realmente grande, mas ele demonstrou ser a pessoa certa. E sim, estamos de volta!
Ressurgindo como uma fênix, o Grêmio foi reformulado. Saíram e chegaram jogadores. A motivação entrou em campo. O bom clima de trabalho foi restabelecido. E vimos a evolução de Jonas, de “pior atacante do mundo”, a artilheiro de campeonato. Vimos também o André Lima aparecer como grande goleador; e não poderia deixar de lembrar do Victor, nossa muralha, sempre ali nos salvando, nas boas e más horas.
Recuperados, nos levantamos, saímos da zona de rebaixamento e sonhamos com a Libertadores. A Conmebol tornou mais difícil nosso sonho, mas jamais desistimos. Alcançamos o quarto posto no Campeonato Brasileiro, e a chance de torcer. Sim, torcer, e muito, contra o Goiás na Sul-Americana. (E como torcemos!)
Era pra ser a nossa vez. Secamos, secamos. E vamos disputar a pré-Libertadores, com toda garra e força e imortalidade; pra lutar pela taça que é a nossa cara.
E ao som de “Anoiteceu em Porto Alegre”, esta gremista de Jundiaí-SP (não sou gaúcha!), finaliza este post. E que venha a América! Que venha o Mundial. Preparem-se, o imortal está mais vivo que nunca.
Sílvia Cristina, Com o Grêmio onde o Grêmio estiver.
@scarzhe seguidora do @gremio100mil